O apresentador Pilhado abriu o programa da Jovem Pan Esportes falando sobre o ex-presidente do Flamengo, Bandeira de Mello, que ele não levou títulos, mas equilibrou as finanças e agora, Mello diz que existe um golpe dentro do clube.
Com isso, o comentarista Mauro Cezar ‘toma’ a palavra e diz sobre o Conselho Deliberativo, e que o Flamengo precisa da oposição, mas que hoje ela está sumida: “Simplesmente ninguém aparece, isso é muito ruim para o clube”.
Depois, o comentarista explica: “Eles (oposição) têm que ser mais atuantes e questionar sim o Landim, porém agora a coisa ferveu, a proposta de ter mais tempo de mandato foi negada por unanimidade, o que concluo é que todos votaram praticamente igual”.
Mauro Cezar ainda diz que Bandeira de Mello tem que aparecer e dar as caras, pois hoje ele está na oposição, e como foi presidente precisa se posicionar.
“O que é interessante hoje, é que Bandeira de Mello é deputado federal, e Marcos Braz vereador, então temos na oposição um ex-presidente que se candidatou e agora na situação também um político”, falou Mauro.
Ainda, o comentarista cita um ponto importante, que os dois dirigentes se elegeram quando o Flamengo vencia muitas competições.
Portanto, com o Rubro-Negro em baixa, Braz não conseguiu a eleição para deputado federal, que ele tentou, e para Mauro Cezar, Bandeira de Mello só conseguiu uma eleição pois os torcedores esqueceram da gestão péssima dele.
“O que eu digo ainda é que, equivocadamente, os torcedores creditam a Bandeira de Mello a reestruturação do Flamengo, e não foi ele quem ‘arquitetou’, quem fez o planejamento desta retomada do Flamengo, ele só estava no grupo que fez todo o trabalho”, pontua Mauro Cezar.
Nesse sentido, na semana passada o Conselho Deliberativo do Flamengo votou a regra que prevê exclusão de candidatos com cargos políticos, o que para Bandeira de Mello foi um golpe.
Outros dirigentes de clubes que viraram políticos
Não é só o Flamengo que tem a prerrogativa de ter dirigentes políticos, podemos lembrar alguns aqui:
Andrés Sanchez (Corinthians): Presidiu o clube entre 2007 a 2011 e foi eleito deputado federal por São Paulo, nas eleições de 2014.
Eurico Miranda (Vasco): Em 1990, Eurico decidiu se candidatar a deputado federal, apesar de já ter o cargo de vice-presidente do Vasco da Gama. Não conseguiu ser eleito, mas nas eleições de 1994 voltou a se candidatar e conseguiu ser eleito para deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. Em 1998 foi novamente eleito.
Roberto Dinamite (Vasco): Presidente do clube em 2008, e ex-jogador do Gigante da Colina. Entrou na política em 1992 elegendo-se vereador do Rio de Janeiro, e em 1994 elegeu-se deputado estadual, cargo que se reelegeria em 1998, 2002, 2006 e 2010.

