Xavi Hernandez durante coletiva de imprensa no Barcelona (Reprodução/X/Barcelona)
A Data Fifa é um “inimigo” persistente” dos técnicos dos maiores times da Europa, já que em várias datas ao longo do ano, os melhores atletas do mundo deixam seus clubes para atuarem pelas seleções e, muitas vezes, retornar desgastados ou mesmo lesionados, o que é sempre um grande problema.
Um dos treinadores que mais costuma se manifestar publicamente sobre isso é o espanhol Xavi Hernandez, do Barcelona. O ex-jogador construiu uma carreira longa com a seleção de seu país e conhece a rotina de jogar por clubes e seleções simultaneamente.
Além disso, como treinador, Xavi vem convivendo frequentemente com notícias de atletas que se lesionaram enquanto atuavam por suas seleções. Na última Data Fifa, por exemplo, um dos maiores destaques do Barcelona, Gavi, lesionou-se enquanto atuava pela Espanha. O meio-campista rompeu completamente o ligamento cruzado anterior do joelho direito e precisará passar por cirurgia, ficando meses sem jogar.
O treinador voltou a falar sobre a questão antes do Barcelona voltar a campo pela La Liga, deixando bem claro que não tem problemas com De La Fuente, técnico da seleção espanhola:
“É um calendário muito exigente e, para além disso, foi uma lesão fortuita, um azar. Tenho uma relação muito boa com de la Fuente, não há qualquer polêmica ou problema, a questão aqui é o excesso de jogos”, afirmou ele.
Xavi falou sobre a situação de alguns jogadores do Barcelona
O técnico do Barça ainda aproveitou o espaço da entrevista para citar uma medida que estaria sendo estudada pela Fifa, que prevê uma alteração no calendário.
Seriam oito a nove meses de competições consecutivas entre os clubes e dois meses consecutivos somente para os jogos entre as seleções. Com um mês de férias.
Como argumento para isso, Xavi citou a situação de jogadores sul-americanos e africanos, que fazem longas viagens durante o período:
“Não é fácil tantas viagens todos os meses, por exemplo: Araújo e Raphinha fizeram viagens de 13 ou 14 horas, quase não dormiram nem treinaram. E assim estão todas as equipes. A cada mês, um mês e meio andam viajando para América do Sul ou África. Penso que seria uma boa solução e que a Fifa já está estudando-a”, concluiu.

