Aymeric Laporte treina pelo Al-Nassr após transferência para a Arábia Saudita (Reprodução/X/Al-Nassr)
Após toda a gigantesca repercussão das contratações do futebol saudita no início da temporada, a janela de transferências de inverno tem trazida novidades um tanto ruins para os times do país do Oriente Médio.
O que tem se visto no futebol árabe é um movimento de vários jogadores que têm manifestado decepção por ter se transferido para a Arábia Saudita, muitos dos quais pedem para sair de seus clubes, como foi o caso de Jordan Henderson, que até já assinou com o Ajax, da Holanda, após alguns meses no Al-Ettifaq.
Agora, quem vem indicando que deseja sair é o zagueiro Aymeric Laporte, ex-Manchester City. O defensor se transferiu para o país na última janela de transferências e, nesta semana, deu entrevista para o jornal “As”, da Espanha, mostrando insatisfação com muitos fatores encontrados na Arábia Saudita.
Na visão do zagueiro, um dos maiores problemas do futebol árabe é a mobilidade urbana, já que o trânsito atrapalha muito a movimentação e a qualidade da vida diária:
Muitos de nós viemos não só pelo futebol. Vim buscando algo além da parte econômica. Em termos de qualidade de vida esperava algo diferente. No final das contas, você passa três horas por dia no carro. Riade tem muito trânsito, e você perde muito tempo no carro”, afirmou o zagueiro.
Além desse fator, Laporte também vem indicando insatisfação com a rotina do que clube:
“Jogamos a cada três dias e é cansativo. São muitos jogos disputados e muito próximos, o que não nos permite descansar. Quando você vai para a seleção não te dão folga. Mental e fisicamente é complicado, mesmo que o ritmo seja um pouco menor”, revelou.
Insatisfeito no futebol árabe, Laporte fez críticas sérias para dirigentes do Al-Nassr
Além de todas essas críticas ao futebol árabe, o zagueiro ainda guardou o mais “pesado” para o final, fazendo comentários graves contra dirigentes do Al-Nassr, que na sua visão não possuem o profissionalismo desejado.
“Você negocia uma coisa e eles (dirigentes) não aceitam, logo depois de terem assinado. Falo da minha experiência própria. Da minha parte, o que vi é que tentam te trazer, mas depois chega o dia a dia e é diferente. Estou decepcionado em tão pouco tempo, você acaba se perguntando o que fazer. Ainda não chegou o momento, mas no futuro posso acabar saindo se essa dinâmica continuar assim”, criticou.

