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Gerusa Graber - à esquerda - estará no desafio, dia 25 (Ana Patrícia/CPB)
O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, recebe 114 atletas paralímpicos neste domingo, 25 de fevereiro, para a primeira competição nacional de atletismo da temporada 2024: a 1ª etapa do Desafio CPB/CBAt da modalidade. Eles estarão ao lado de 75 atletas olímpicos, competindo em provas de pista e de campo.
A competição é organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Entre os atletas de destaque que estarão no CT estão a arremessadora paulista Beth Gomes, da classe F53 (atletas que competem sentados), campeã mundial no arremesso de peso e no lançamento de disco em Paris 2023, além de campeã paralímpica no lançamento de disco da classe F52 nos Jogos de Tóquio 2020; a velocista acreana Jerusa Geber, ouro nos 100m e nos 200m da classe T11 (deficiência visual) no Mundial de Paris.
“Meu ano começou muito bem. Só parei de treinar nos feriados. Mantive uma boa preparação para chegar forte neste primeiro Desafio. Estou preparada para ir ao Mundial de Kobe com excelente performance, brigando por medalha, não importa a cor, mas com vontade de uma douradinha. Esse primeiro evento no início de ano é muito bom para nós”, afirmou Beth Gomes, 59, que foi diagnosticada com esclerose multiplanos anos 1990.
Evento em 2023 recebeu 130 competidores
A última etapa do Desafio CPB/CBAT no CT, em outubro do ano passado, recebeu 130 atletas, sendo 80 paralímpicos e 30 olímpicos. Ela foi realizada a 26 dias dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago e fez parte da preparação de atletas que conquistaram medalhas no Chile.
Como funciona o atletismo paralímpico?
O atletismo pode ser praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino.
Para os atletas com deficiência visual, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam de acordo com a classe. Sendo obrigatório para os atletas da classe T11 (acuidade visual menor que LogMAR 2.60), opcional para a classe T12 (acuidade visual de LogMAR1.50 até 2.60; e/ou campo visual menor que 10 graus de diâmetro) e não permitido para os competidores da classe T13 (acuidade visual de LogMAR 1.40 até 1; e/ ou campo visual menor que 40 graus de diâmetro).
Nas provas de fundo de 5.000m, de 10.000m e na maratona, os atletas das classes T11 e T12 podem ser auxiliados por até dois atletas-guia durante o percurso (a troca pode ser feita no decorrer da disputa). No caso de pódio, apenas o atleta-guia que terminar a prova recebe medalha.
A modalidade é a que mais trouxe medalhas para o Brasil na história das Paralímpiadas: 48 de ouro, 70 de prata e 52 de bronze.
