Palmeiras pode ter que pagar fortuna após quebra de contrato de patrocínio
Verdão, em 2010, trocou a Samsung pela Fiat, e agora a Justiça deu ganho de causa para a empresa sul-coreana
Valdivia, que jogava no Palmeiras em 2010 - Foto: Cesar Greco / Fotoarena
O Palmeiras foi condenado a pagar mais de R$ 70 milhões à Samsung, por quebra do contrato de patrocínio que aconteceu em 2010, quando o clube definiu a troca de patrocinadora.
Agora, a decisão pela punição do Verdão já passou pela primeira e segunda instância na Justiça, mas ainda não é definitiva, com o clube ainda podendo recorrer em instâncias superiores.
Vale ressaltar que a ação vem desde 2010, quando o Palmeiras comunicou que romperia o acordo com a Samsung, que iria até o fim de 2011, para voltar a ser patrocinado pela Fiat, que esteve no clube em anos anteriores.
Naquele ano, o presidente do Palmeiras era Luiz Gonzaga Belluzzo, o mesmo que viria a assinar o acordo para a construção do Allianz Parque, que ficou pronto em 2014.
Sobre o contrato com a Samsung, ele teve início em 2009 e era de R$ 15 milhões por ano. A Fiat, querendo ‘voltar’ ao clube, colocou na mesa R$ 26 milhões por um contrato de um ano e meio.
A decisão do Palmeiras foi de comunicar a Samsung a quebra de contrato, e por sua vez, a empresa entrou na Justiça cobrando essa atitude unilateral do clube. Agora, após mais de 10 anos do processo em andamento, parece que o Palmeiras terá que fazer um acordo.
Em 2021 teve a decisão em primeira instância, o valor era de R$ 3,5 milhões pela rescisão unilateral, R$ 9 milhões pela quebra de confidencialidade e mais R$ 4,75 milhões por danos materiais indiretos.
O departamento jurídico do Palmeiras decidiu por recorrer à segunda instância e conseguiu a retirada da punição por danos materiais indiretos. As outras duas foram mantidas.
Palmeiras viu a dívida com a Samsung mais que quintuplicar em três anos
Aí, os R$ 12,5 milhões de 2021 tiveram acréscimo da correção monetária no período, além de juros, o que deu um valor total de R$ 71 milhões. Com os honorários advocatícios quase R$ 80 milhões.
Evidentemente, o Palmeiras ainda pode recorrer a instâncias superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou Supremo Tribunal Federal (STF).
Por fim, de acordo com o portal ‘GE’, que procurou o clube, um comunicado do Palmeiras foi enviado para a empresa de mídia:
“A Sociedade Esportiva Palmeiras se manifestará a respeito do andamento da ação em questão diretamente nos autos do processo.”

