Robert Renan pelo Vasco. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
O Vasco chegou à final da Copa do Brasil de 2025 impulsionado por reforços que rapidamente conquistaram espaço no time e na arquibancada. Andrés Gómez, Robert Renan e Carlos Cuesta chegaram por empréstimo e se tornaram peças relevantes no esquema de Fernando Diniz. Agora, o desafio é fora de campo: transformar essas permanências em contratos definitivos.
Para manter o trio no elenco, o clube carioca precisará de um investimento expressivo. A soma dos valores pedidos pelos clubes detentores dos direitos gira em torno de R$ 116 milhões, montante que exige planejamento financeiro e capacidade de negociação.
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Andrés Gómez tem compra prevista em contrato
O atacante colombiano Andrés Gómez pertence ao Rennes, da França, e chegou ao Vasco em agosto. O empréstimo inclui cláusulas de obrigação de compra mediante metas esportivas, o que aproxima o clube da aquisição definitiva.
Segundo apurações de mercado, o valor estipulado é de cinco milhões de euros por 70% dos direitos econômicos, cifra próxima de R$ 31,5 milhões. Dentro de campo, Gómez respondeu rapidamente. Desde a estreia, contribuiu com sete assistências e um gol, além de presença constante nas jogadas ofensivas.
Internamente, a diretoria vê a permanência do atacante como prioridade. A avaliação é de que o retorno técnico justifica o investimento, especialmente pela idade e margem de valorização do jogador.
Robert Renan exige negociação mais complexa
A situação mais delicada envolve Robert Renan. O zagueiro pertence ao Zenit, da Rússia, que pede oito milhões de euros por 70% dos direitos, algo em torno de R$ 50,4 milhões. O valor é considerado elevado para os padrões atuais do Vasco.
Apesar disso, o defensor tem respaldo da comissão técnica. Fernando Diniz aprecia suas características e entende que o jogador se encaixa no modelo de saída de bola adotado pela equipe. Mesmo com queda de rendimento no fim da temporada, Robert Renan segue bem avaliado internamente.
Outro fator pesa na negociação. O atleta tem ligação afetiva com o clube, já que torce para o Vasco desde criança. Esse aspecto pode ajudar em conversas sobre condições contratuais, embora não reduza, por si só, a pedida do clube russo.
Cuesta completa o trio defensivo
Carlos Cuesta, também colombiano, chegou para reforçar o sistema defensivo e atuou ao lado de Robert Renan em boa parte da campanha. O zagueiro pertence ao Galatasaray, da Turquia, e o Vasco já sinalizou interesse em avançar nas tratativas.
A tendência é que o clube precise desembolsar cerca de 5,75 milhões de euros, aproximadamente R$ 36,6 milhões, para garantir a permanência do jogador. Cuesta tem boa avaliação técnica e soma o fato de já ter entrosamento com Gómez, companheiro de seleção.
A diretoria entende que manter ao menos parte da base defensiva é importante para dar continuidade ao trabalho em 2026.
Planejamento e mercado em movimento
O Vasco aposta na condução de Admar Lopes, diretor executivo desde julho, para equilibrar ambição esportiva e responsabilidade financeira. Fernando Diniz também deve participar ativamente das decisões, especialmente na definição de prioridades.
A janela de transferências abre em 5 de janeiro, enquanto o Campeonato Brasileiro começa no dia 28. O clube já iniciou ajustes no elenco após o vice da Copa do Brasil, com a saída de Jean David e a renovação de Puma Rodríguez.
O cenário indica um Vasco ativo no mercado, mas atento aos limites. A permanência de Gómez, Robert Renan e Cuesta pode representar um salto de qualidade, desde que as cifras se encaixem no planejamento de longo prazo.

