Muricy Ramalho durante entrevista a podcast (Reprodução - YouTube - Ticaracaticast)
Convidado do podcast “Casão PodTudo“, Muricy Ramalho trouxe bastidores de como era treinar Adriano Imperador. Admirador do potencial do icônico atacante, o antigo comandante do São Paulo disse que o atleta poderia ter ido muito mais longe, se não tivesse os problemas extracampo.
Indagado por Walter Casagrande sobre como era treinar o atacante de renome internacional, com passagem histórica pela Inter de Milão e de destaque pela seleção, Muricy Ramalho disse que “havia dois Adrianos”, um que era extremamente focado nos treinos e partidas e outro que se trancava em um mundo à parte por determinados momentos, depois que a bola parava de rolar.
“Ele era difícil depois do jogo. Ele se fechava dentro de um lugar e para tirar ele de lá era duro. Só que era aquele cara que quando passava do portão pra dentro era brincadeira. Era um leão para treinar, não escolhia jogo. Puta de um cara para ambiente”, iniciou Muricy Ramalho.
“Agora, ele fez mal para a vida dele. Ele poderia ter ido muito mais longe. Esse cara era um fenômeno como centroavante. Claro, tem o Ronaldo Fenômeno, mas o Adriano não tinha condições de marcar ele, quando ele girava, já era. Só que depois do jogo era problema, ele saia era difícil de voltar”, seguiu o ex-treinador, destacando o bom relacionamento com o Imperador.
“Me dei bem com ele pra caramba, mas eu acho que ele poderia chegar bem mais longe”, opinou o coordenador do São Paulo.
Exaltado por Muricy Ramalho, Adriano brilhou na volta ao Brasil
Depois de ter sido intitulado de “Imperador” na Itália, alcunha esta que ostenta até os dias atuais com a torcida da Inter de Milão, Adriano retornou ao futebol brasileiro em 2008, passando por São Paulo, Flamengo, Corinthians e Athletico Paranaense.
Neste intervalo até 2014, ele ainda retornou duas vezes para a Velha Bota, a primeira no regresso do empréstimo no time nerazzurri e posteriormente passou pela Roma. No Brasil, ele faturou duas edições do Brasileirão (Flamengo e Corinthians), uma Libertadores (Corinthians) e um Carioca (Flamengo), dentro do recorte citado.
