Apresentação da Taça do Brasileirão Série A 2024 (Fotos: Joilson Marconne / CBF)
A CBF evitou em um primeiro momento atender ao pedido dos times gaúchos para paralisar o Campeonato Brasileiro por conta das graves enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Entretanto, o posicionamento de 16 clubes, incluindo as equipes do Rio Grande do Sul, fez com que a entidade paralisasse a primeira divisão do torneio por duas rodadas. Para o jornalista Arnaldo Ribeiro, há muito mais por trás do que a decisão.
Arnaldo Ribeiro lamenta paralisação do Brasileirão virar questão política dos clubes e vê CBF como mediadora
Durante o programa G4, do BandSports, os comentaristas esportivos debateram a situação do calendário esportivo do futebol brasileiro. Para Arnaldo Ribeiro, a determinação da paralisação somente para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro indica que a decisão foi, essencialmente, política.
Arnaldo Ribeiro analisou o contexto da situação e vê mais pontos que podem ser notados a partir do comunicado da entidade: “Essa discussão, que ficou uma discussão que misturava a questão humanitária, a questão esportivas, a questão política, hoje (16) ela está um pouco mais clara com essa paralisação, com esse ofício que a CBF soltou ontem (15)”.
O comentarista esportivo apontou que a nota da Confederação Brasileira de Futebol cita os 15 clubes que se posicionaram a favor da paralisação e os cinco que não aderiram à pauta. Posteriormente, o Red Bull Bragantino anunciou que era a favor da paralisação, endossando o grupo com as outras 15 agremiações.
Destacando que não vê sentido em ‘vilanizar’ os cinco clubes que não concordara com a paralisão, Arnaldo Ribeiro avalia que a determinação virou uma questão política e terá desdobramentos no Conselho Técnico, prevista para 27 de maio.
“A partir do momento em que existe a paralisão e nesse ofício a CBF diz que, os campeonatos outros que ela comanda, continuam normalmente, a gente tem que chegar a conclusão clara que não para o futebol brasileiro, para apenas o Campeonato Brasileiro da Série A”, analisou o jornalista, citando que Grêmio e Internacional já tem data marcada para voltar aos gramados em outros torneios.
“A gente entende que essa questão virou uma quesão quase que essencialmente política, que vai desaguar lá no Conselho Técnico no dia 27, que vai discutir o que fazer com as partidas atrasadas e tudo mais”, projetou o comentarista.
O comentarista esportivo concluiu que essa postura de clubes e CBF é o pior que poderia acontecer: “É um embate, lamentavelmente, que acontece em meio à tragédia. Isso, para mim, é o pior dos mundos, o embate político escancarado em meio à tragédia”, lamentou Arnaldo Ribeiro.
Por fim, Arnaldo Ribeiro revelou sua expectativa de que a reunião entre clubes no final de maio consiga um consenso: “Espero que no dia 27, sinceramente, exista um pouco de coesão e empatia entre todos, e que ele chegue numa conclusão razoável. Razoável porque não existe boa depois de tudo que aconteceu para o Campeonato Brasileiro da Série A”.

