Vista geral da Neo Química Arena da partida entre Corinthians e Goiás no Brasileirão Série A 2023 (Ricardo Moreira/Getty Images)
Desde a chegada de Augusto Melo, o Corinthians vive uma saga para conseguir novos parceiros econômicos e minimizar parte de sua dívida bilionária. Recentemente, informações sobre uma conversa com a empresa aérea Emirates para negociação de naming rights do estádio e do centro de treinamento surgiram com força na mídia esportiva. O jornalista Jorge Nicola falou sobre as reais chances desse grande negócio acontecer ou se é apenas mais uma cortina de fumaça para desviar a atenção da saída de Cássio.
Segundo o jornalista, o presidente Augusto Melo embarcou para a Europa em busca de algumas negociações visando a abertura da janela de transferências. O Corinthians teria conversas com a Emirates, empresa aérea dos Emirados Árabes Unidos e principal patrocinadora do Arsenal, após uma aproximação encaminhada por meio de Edu Gaspar.
O ex-jogador e gerente de futebol do Corinthians, também teve sólida carreira no clube inglês, onde foi o primeiro brasileiro a ser campeão da Premier League e hoje ocupa o cargo de diretor técnico. A ponte entre Gaspar, Arsenal e Emirates facilitaria a negociação de R$ 1 bilhão pelos naming rights do estádio e do CT.
Segundo Jorge Nicola, uma das questões que mais preocupa é a situação com a farmacêutica brasileira Neo Química. O estádio de Itaquera ostenta o nome da empresa em um contrato de R$ 300 milhões por 20 anos, valor considerado baixo pelo presidente, que pretende faturar mais.
Segundo Nicola, a ideia do estafe corintiano seria organizar uma reunião inicial em Londres com a diretoria da Emirates nos próximos dias e posteriormente um segundo encontro em Abu Dhabi. Se as conversas, que atualmente estão em estágio inicial, progredirem, muito provavelmente o Corinthians terá de lidar com um problema contratual com a atual detentora dos naming rights.
“O valor da multa rescisória em caso de quebra dos naming rights com a Neo Química, neste primeiro ano de 2024, é pesado: são R$ 123 milhões, que diminui gradativamente. No ano que vem, por exemplo, [seriam] R$ 50 milhões. Talvez seja até negócio esperar um acordo com a Emirates, caso ele avance para 2025, economizando mais de R$ 73 milhões”.

