Arena do Grêmio e arredores inundados (AP Photo/Andre Penner)
A sugestão de vários times do Brasil para que o Grêmio continuasse jogando as suas partidas no Brasileirão Série A em outros locais devido à terrível enchente que assola o Rio Grande do Sul não caiu nada bem junto aos habitantes do estado.
O dia a dia dos gaúchos neste momento está voltado para resgatar vidas, construir abrigos e ajudar no acolhimento de mais de 100 mil pessoas que perderam suas casas durante a enchente. Apesar disso, times do restante do país sugeriram aos jogadores do Grêmio irem jogar futebol enquanto os torcedores morrem e sofrem com o desastre natural.
A situação não pegou nada bem junto aos presidentes de Grêmio e Internacional, mas ficou ainda pior junto aos torcedores gremistas, que sugeriam outra opção para manter o Brasileirão em andamento.
Nas redes sociais, diversos torcedores sugeriram que os jogos do Brasileirão continuem, porém, os times teriam que viajar até Porto Alegre para jogar na cidade durante a inundação. Para isso, teriam que lidar com as incontáveis estradas destruídas que ligam o local até o restante do país e também com a ausência de aeroportos, que já o Salgado Filho, na capital do estado, está alagada.
Confira abaixo o que alguns escreveram:
Além dos torcedores do Grêmio, presidente colorado também falou sobre a possibilidade
Colorados e gremistas estão juntos no desastre que assola o Rio Grande do Sul. Nos últimos dias, os presidentes de ambos os clubes abordaram a questão e se mostraram totalmente contrários à ideia de jogar fora do estado, ainda mais considerando que os jogadores estão resgatando pessoas na enchente e não treinando, como os dos demais times do país.
“Supondo que fôssemos totalmente insensíveis à situação e preocupados com o negócio futebol. Seria possível vir jogar em algum campo que temos aqui? Viajar até Florianópolis e 13 horas de ônibus, porque as entradas da cidade não existem, depois tomarem a água que os outros não têm para tomar?”, falou veemente, ainda avançando:
“Não tomarem banho, voltarem de ônibus e mais um avião. Todos iriam concordar? Dariam W.O. para essas partidas? Essa é a pergunta que tem que se fazer quando começa a se falar em jogar e treinar aqui e ali. Esse é o exercício mínimo de empatia que esperamos que seja feito”, completou.
