Em texto opinativo publicado no UOL Esporte nesta segunda-feira (30), Walter Casagrande repercutiu a demissão de Tite no Flamengo, e disse que o rendimento aquém das expectativas foi o verdadeiro motivo para o fim da parceria que durou 70 jogos e menos de um ano.
Na avaliação do comentarista, o treinador “parou no tempo” e não vinha fazendo um trabalho com variações táticas no Flamengo, se tornando presa fácil aos adversários, mesmo ostentando um elenco estrelado. Para ele, o comandante já não conseguia extrair nada dos atletas e não tinha ambiente a favor.
“Mas a verdade absoluta sobre a demissão do Sr. Adenor é o péssimo futebol que o Flamengo vem apresentando há tempos. A torcida já deixou claro que não suportava mais o trabalho do Tite e também suas falas nas coletivas pós-jogo. Não fala nada com nada faz tempo”, apontou Casagrande.
Para o ex-jogador, a “promessa” feita pelo treinador antecedendo o jogo de volta contra o Peñarol, pela Libertadores, de que o time faria gols e se classificaria no Uruguai, foi o estopim.
“O trabalho do Tite no Flamengo foi péssimo e não representa apenas um momento negativo da equipe, como alguns “amiguinhos” estão querendo mostrar. Não, gente. Pelo elenco que tem, o Flamengo deveria estar jogando muito mais, e isso não significa que era obrigatório eliminar o Peñarol, mas não ser eliminado com a apatia que foi”, acrescentou o comentarista.
Casagrande não poupa diretoria
Embora tenha classificado a demissão como uma decisão acertada da diretoria, Casagrande apontou que muito da crise instaurada no clube há muito tempo é de responsabilidade da própria gestão, citando que Marcos Braz, vice-presidente de futebol, deveria ter sido desligado, por inúmeras polêmicas e medidas equivocadas tomadas no comando do clube.
Para a vaga de Tite, Landim e Braz definiram Filipe Luís, comandante técnico do sub-20, como o treinador interino, até que outro profissional seja contratado. Recém aposentado, o ex-lateral vai ter a oportunidade de dirigir alguns de seus antigos companheiros de equipe.