Muller acredita que, em tese, a única possibilidade de título para o SPFC, em 2025, é o Paulistão. Para o ídolo são-paulino, a falta de recursos para grandes contratações deixa o Tricolor atrás dos seus principais concorrentes, como Palmeiras, Flamengo e Botafogo.
“Tirando o Paulistão, o São Paulo, nas outras competições, sai atrás dos concorrentes. Todo mundo sabe, precisa contratar aquele cara que vem para resolver, mas esse jogador o São Paulo não tem dinheiro para gastar”, inicia o ex-atacante.
Muller, inclusive, recorda um investimento alto feito pelo Flamengo, em 2024, que foge da realidade financeira do Tricolor.
“O Flamengo gastou R$ 100 milhões no De lá Cruz. O SPFC não tem esse dinheiro para investir em um grande jogador”, lamentou Muller.
“Então, acho que o clube sai atrás nas outras competições. Botafogo, Palmeiras e Flamengo são adversários com mais dinheiro e estão investindo muito mais em contratações”, completa.
Citado por Muller, SPFC registra déficit
De fato, o São Paulo vai apertar os cintos na próxima temporada. Com uma dívida que supera a casa dos R$ 800 milhões, o clube registrou também um déficit que beira os R$ 200 milhões. Neste cenário, alarmante, o clube irá reduzir a folha salarial e terá um elenco mais enxuto, priorizando também os garotos da base.
“Claro que é ruim terminar o exercício com déficit muito alto, mas o São Paulo, ao priorizar aquelas disputas… Eu me lembro que antes da final contra o Flamengo, tínhamos propostas para quatro jogadores titulares. Iria terminar o ano com superávit se tivesse vendido. Mas, naquele momento, era muito importante a conquista”, disse o presidente Julio Casares.
Zubeldía quer reforços
Na esteira da realidade do SPFC, Luis Zubeldía entende ser necessária a chegada de cinco reforços para manter o time competitivo para 2025. Foi a primeira vez que o treinador cobrou publicamente a necessidade de qualificar o plantel que, para ele, chegou ao limite.
“A equipe precisa de cinco jogadores no mínimo. Precisamos de mais cinco jogadores para complementar o que temos, não porque alguém vai embora. A situação não é fácil. Sabemos que temos concorrentes com mais dinheiro e isso permite que eles tenham mais força.