
Corrida de F1 (foto: reprodução/Fórmula 1)
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) oficializou a imposição de uma nova regra sobre os pilotos de Fórmula 1 (F1). A medida entra em vigor já na temporada 2025. De acordo com o presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem, cada etapa terá mais de um diretor de prova.
Outra novidade atinge a comunicação dos pilotos no ambiente do campeonato. Segundo o dirigente, haverá mais rigidez sobre os competidores que falarem palavrão.
“Nossos pilotos são embaixadores e não queremos que os pais nos vejam como um mau esportista. Há liberdade, mas também deve haver disciplina”, argumentou Sulayem.
“Pilotos que ganham milhões de dólares precisam ser disciplinados, assim como em qualquer trabalho. Eles não são crianças. Eles têm uma responsabilidade para com a FIA”, acrescentou.
Para sustentar a medida, o presidente da entidade citou o chefe da Mercedes, Toto Wolff, como exemplo.
“Ele ficou chocado porque o filho dele, que tem menos de dez anos, estava repetindo os palavrões que os pilotos estavam dizendo. Não queremos isso”, relatou.
“Se você consegue controlar um carro de F1, consegue controlar suas palavras e tem que ser responsável por um esporte que lhe deu tanto”, finalizou Sulayem.
Medida na F1 rende críticas à FIA
O chefe da McLaren, Zak Brown, concordou parcialmente com a FIA. Ele reconheceu que os pilotos têm condições de controlar o próprio vocabulário, nas entrevistas coletivas.
“É inapropriado. Precisamos dar um bom exemplo no mundo dos esportes. A atmosfera é calma. Ninguém está sob pressão”, disse.
Por outro lado, disse que é necessário compreender a pressão emocional em que os pilotos são submetidos, quando estão no meio das corridas.
“Com um capacete, não há como controlarem suas emoções. Em vez de restringi-los, devemos optar por excluir os palavrões das transmissões de F1”, finalizou Brown.