Carlo Ancelotti é o novo téncico da seleção brasileira
Na tarde de ontem, a CBF anunciou oficialmente Carlo Ancelotti como o novo técnico da seleção brasileira. O italiano vai deixar o Real Madrid neste mês e comandará o Brasil já na próxima Data Fifa, que acontece em junho.
No programa “Galvão e Amigos”, exibido pela Band, o técnico Vanderlei Luxemburgo falou sobre o assunto e fez uma ressalva quanto ao estilo de jogo do treinador.
Luxa falou que o estilo do Brasil é ofensivo e a escola italiana é defensiva, algo que pode gerar conflito. Ele usou a sua passagem no futebol europeu como exemplo.
“No Real Madrid se espantaram com a minha maneira de trabalhar de forma ofensiva, de buscar sempre o ataque. O brasileiro não se preocupa com a defesa e o italiano se preocupa muito em defender. Eu acho que esse é um ponto importante que o Ancelotti tem que entender”, disse Luxemburgo.
“O Brasil não tem lateral defensivo por conta do futebol que jogamos hoje, houve uma mudança. Antes, tínhamos Cafu e Roberto Carlos que atacavam, mas sabiam voltar para marcar”, completou.
Como vai escalar o time
Na sequência, Luxemburgo cita a forma com que o Real Madrid do Ancelotti joga e projeta como deve atuar a seleção brasileira, reforçando que ele deve dar uma atenção a mais na defesa.
“Como eu vejo o Real Madrid jogar, eu acho que ele vai por o Raphinha como um jogador de meio-campo, o Vini de um lado, Rodrygo do outro e o Neymar de falso centroavante, aonde joga o Mbappé”.
“Assim, ele teria um ataque leve e quando perder a bola, faz uma linha de quatro para defender.
Eu não vejo o Brasil, hoje, com uma linha de quatro forte para ser defensivo. É uma preocupação o Ancelotti trazer para o Brasil essa parte defensiva, onde aqui a gente quer jogar com quatro, cinco atacantes. O desafio é ser ofensivo e ter uma defesa sólida”, finalizou.
Falcão também fala do técnico da seleção brasileira
Ainda no programa da Band, Paulo Roberto Falcão, que é amigo próximo do treinador italiano desde os tempos de jogador, disse como Ancelotti vê o futebol taticamente, confirmando essa preocupação defensiva.
“Várias vezes ele disse que o lateral dele tem que marcar, ele gosta de lateral que marque. Se der para ajudar na frente, é bom, mas primeiro tem que marcar. Cabeça de italiano. Por isso ele já utilizou muitas vezes o Militão de lateral”, disse Falcão.
Próximos jogos do Brasil
A seleção brasileira volta a campo no dia 5 de junho, às 20h (de Brasília), diante do Equador, fora de casa. Depois, no dia 10, recebe o Paraguai na Neo Química Arena, às 21h45. As duas partidas são válidas pelas Eliminatórias.
