Presidente afastado do Corinthians rebate acusações em entrevista - Ricardo Moreira/Getty Images
Mais um episódio das polêmicas as quais vive o Corinthians aconteceu nesta semana. O presidente afastado do clube, Augusto Melo, deu entrevista ao programa CNN Esportes S/A, e rebateu as acusações de ligação com o crime organizado, que acabaram tendo como consequência em seu impeachment pelos conselheiros.
‘Narrativa’ da oposição
Na entrevista, Melo rebateu contra as acusações, ligadas ao ‘caso Vaidebet’ e a investigação da Polícia Civil que o indiciou. O dirigente falou que a sua suposta ligação com o crime organizado seria uma ‘narrativa’ criada pela oposição, por ter tirado uma ‘dinastia’ da liderança corintiana, se referindo à Renovação e Transparência, grupo que comandou o Timão por vários anos.
“Na nossa gestão, não (há relação com o crime organizado). Essa é mais uma narrativa que criaram em cima de mim. Tenho 45 anos de Corinthians, por isso que ganhei (a eleição) com 70%. Quem era o Augusto, para tirar uma dinastia poderosa, com uma máquina na mão, depois de 17 anos? Ganhei com quase 70%.” disse Melo
“Nunca tive problema com ninguém, ética, nem nada. Nunca tive problema com a polícia, nem nada. A partir do momento que me candidatei, e isso vem desde a campanha, todos tentaram me impugnar, pois sabiam da minha força dentro do clube. Não conseguiram, venci a eleição e continuaram com essa narrativa de crime organizado”, completou.
Dirigente relata ter sido ‘monitorado’
Em sua defesa, Augusto Melo relatou que foi ‘monitorado’ desde antes das eleições e que, de forma voluntária, abriu mão de seu sigilo bancário para rebatar as acusações. O dirigente declarou que ‘não vai desistir’ de tentar provar sua inocência no caso e que irá lutar para poder reverter seu afastamento e retornar à presidência do clube.
“Quebrei meu sigilo bancário. Meu sigilo telefônico já é, porque sou monitorado desde a eleição. Tive várias ameaças, a ponto de andar com colete à prova de balas, da minha filha não poder descer com o cachorro na rua. Me sufocaram financeiramente e consegui driblar para montar o elenco”, disse o presidente afastado do Corinthians.
“Hoje, sufocam emocionalmente a mim e a minha família, para que a gente possa desistir. Não irei desistir, Não devo nada, minha vida é limpa, por isso sempre bati de frente. Não mudei minha personalidade, a minha essência, e talvez seja isso que incomode. Então, não tenho nenhum tipo de ligação com ninguém”, finalizou.
