Lyon, time de dono da SAF do Botafogo, foi rebaixado na França ( Foto: Vitor Silva/Botafogo.)
Nesta semana, o Lyon teve seu rebaixamento para a Ligue 2 (segunda divisão da França) decretado pelo órgão de controle da liga francesa, o DNCG (Direção Nacional de Controle e Gestão), devido a uma série de problemas financeiros enfrentados pela equipe, que tem John Textor como seu acionista majoritário, e cuja situação pode até respingar no Botafogo.
Apesar da situação financeira do Glorioso estar bem melhor do que a dos franceses, poderão haver segundo o GE alguns reflexos que a crise na França poderão trazer para General Severiano. No caso, estes afetarão desde a força dos investimentos em contratações e até mesmo o poder atrativo de negociações para a Europa.
Cofres podem ser afetados
Em termos financeiros, o rebaixamento do Lyon pode influir no elenco do Glorioso. O portal aponta que a Eagle Football, que é dona tanto dos franceses como dos brasileiros, não divide o seu caixa entre os times. Tal procedimento faz com que todos os clubes da rede de Textor compartilhem de certa maneira o dinheiro para investimento em reforços.
Em declarações, o americano chegou a afirmar que o caixa do Lyon seria ‘reabastecido’ através do Botafogo, o que até poderia indicar que vendas de jogadores do Fogão poderiam servir para tentar manter o clube funcionando e evitar qualquer tipo de risco de rebaixamento, o que acabou não surtindo efeito.
Além dos cofres, a queda do time francês pode afetar também como John Textor sonda jogadores para o plantel botafoguense. Um dos pontos usados pelo proprietário da SAF alvinegra para convencer jogadores a vir para o Fogão é usar o Lyon como ‘porta de entrada’ para o futebol europeu. Algo em que teve sucesso em alguns jogadores, como Almada, que saiu do Bota para a França devido a uma cláusula na qual atrelava sua ida para a equipe francesa com um período jogando pelo time carioca.
Impacto pode afetar time?
E o Botafogo poderá ter papel de protagonista na manutenção financeira da Eagle Football. Caberia ao Lyon tal posição, mas o rebaixamento fará o time perder diversas receitas, como direitos de transmissão, patrocinadores e acesso às copas europeias. Com isso, os cofres da empresa poderão deixar o Glorioso, segundo o portal, ‘sobrecarregado’ na missão de arrecadar receitas.
Assim, a possibilidade de mais negociações de atletas para fazer caixa pode se fazer presente para minimizar o impacto da decisão na França. A campanha na Copa do Mundo de Clubes, na qual entra em campo neste sábado (28) diante do Palmeiras, pelas oitavas de final, pode deixar jogadores com chance de propostas ainda mais em evidência e, se tiver que vender, o Glorioso pode ver os impactos disto também nas campanhas do Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil.
Textor e o Lyon já entraram com recurso para recorrer da decisão do DNCG. Enquanto isso, o empresário corre para tentar a resolver a situação dos franceses e, para isto, acertou a venda de sua parte nas ações do Crystal Palace para o americano Woody Johnson.
