Tostão, colunista e tricampeão mundial em 1970 (Reprodução/YouTube)
Tostão analisou a fase de grupos do Mundial de Clubes da Fifa em sua coluna na “Folha de São Paulo”. Para o eterno craque da Copa do Mundo de 1970, a participação dos quatro times brasileiros está superando as suas expectativas. Ao mesmo tempo, o comentarista enxerga os europeus abaixo do esperado.
Porém, Tostão apontou uma evolução dos times do Velho Continente ao longo da primeira fase do Mundial de Clubes. “Ainda é cedo para os pachecões ficarem tão eufóricos. Os europeus começaram a melhorar, preocupados com as críticas que têm sofrido”, observou o ex-jogador.
Tostão não enxerga diferença grande entre brasileiros e europeus
Na opinião do tricampeão pela seleção brasileira, não existe uma distância considerável dos europeus sobre os sul-americanos. “A superioridade não é tão grande”, pontuou Tostão, justificando que as equipes do Brasileirão Série A sofriam nos antigos formatos dos Mundiais pelo desgaste físico e por encontrarem os adversários no meio da temporada.
Deste modo, Tostão considerou apenas um grande feito fora da curva do quarteto brasileiro na Copa do Mundo de Clubes. “O único resultado até agora surpreendente no confronto entre brasileiros e europeus foi a vitória por 1 a 0 do Botafogo sobre o PSG”, opinou.
Ao mesmo tempo, o colunista considerou normais os domínios de Palmeiras e Fluminense sobre, respectivamente, Porto e Borussia Dortmund, além do triunfo do Flamengo diante do Chelsea. “Essas três equipes europeias não estão, no momento, no primeiro nível do futebol europeu”, avaliou Tostão.
Mais minutagem para Paulinho, do Palmeiras
O comentarista vê o forte calor dos Estados Unidos como um fator que favorece os times brasileiros, além de exaltar as estratégias dos quatro treinadores que merecem aplausos, na sua visão. “Têm jogado com muita intensidade, compactação, pressão para recuperar a bola, além de alternar as trocas de passes com as transições rápidas da defesa para o ataque”, analisou o ex-atacante.
Ao projetar o confronto entre Palmeiras e Botafogo pelas oitavas de final do Mundial no sábado (28), Tostão elogiou o atacante alviverde que ajudou a equipe de Abel Ferreira a buscar o empate com o Inter Miami. “Será que não dá para o Paulinho jogar mais tempo?”, questionou. Por fim, o colunista não verá como surpresa um time do Brasil ser o campeão mundial. “Apesar das incertezas”, concluiu.

