Zinho reprova privilégio e cobra participação defensiva de Estêvão no Palmeiras: “Não está resolvendo todos os jogos”
Comentarista lembrou que, atuando pelo Chelsea, o atacante vai precisar cumprir exigências táticas em campo para assumir status de titular
Estêvão, do Palmeiras, comemora gol no Allianz Parque (Cesar Greco/Palmeiras)
Zinho, ao discordar de Osvaldo Pascoal, não vê Estêvão, atualmente, merecendo o privilégio de liberdade tática no Palmeiras. Embora o camisa 41 seja capaz de, mais solto, garantir gols e assistências, o ex-jogador acredita que Abel Ferreira está correto em exigir uma obrigação defensiva, algo padrão no futebol europeu. Neste cenário, apenas um desempenho extraordinário, situação pendente em duas partidas no Mundial, livraria o jovem de auxiliar na marcação.
“Por que o Estêvão tem que jogar de ala? Ele jogou 35 minutos de ala. Não dá para um cara da categoria do Estêvão jogar 35 minutos de ala. Eu não sei mais que o Abel. Só que eu não gosto de ver o Estêvão ajudando o lateral toda hora. Ele tem que jogar 30-50 metros distante do gol, que é onde ele sabe.”, iniciou Pascoal, no “Equipe F”, da ESPN.
“O futebol moderno, hoje, você joga sem a bola também. Quando o Estêvão jogar no Chelsea, ele vai ter que voltar para marcar. O Vinícius Júnior faz isso. Não tem mais essa coisa, a não ser que o cara resolva todos os jogos. O Estêvão não está resolvendo todos os jogos. Ele foi eleito melhor em campo de novo e eu acho que não foi. O Flaco López, em 45 minutos, jogou mais que o Estêvão.”, discordou Zinho.
Zinho aprova tática de Abel Ferreira
Seguindo com o discurso, Zinho defendeu que Abel Ferreira exija um comprometimento máximo dos jogadores. Isso porque, através de uma obediência tática, o português foi capaz de consolidar um trabalho histórico à frente do Palmeiras. Levando em conta o nível do Mundial, a participação defensiva de Estêvão é avaliada como indispensável.
“Ele colocou o Facundo Torres pela esquerda e o Estêvão pela direita, com a obrigação para ficar um 4-4-2 ou um 4-5-1. O time do Abel, taticamente, sempre foi um time em que todos os jogadores participam na ação defensiva. Por isso que o Palmeiras é muito forte defensivamente e que dificilmente perde gols. É difícil vencer o Palmeiras porque tem esse comprometimento tático.”, opinou.
Primeiro triunfo do Palmeiras no Mundial
Sem empolgar na etapa inicial contra o Al Ahly, o Palmeiras conseguiu desencantar na Copa do Mundo de Clubes. Através das entradas de Maurício e Estêvão, a equipe subiu de produção ofensivamente e, contando com um grande protagonismo do argentino, construiu o placar de 2 a 0. Reagindo ao desfecho da partida, Zinho não tem dúvidas do resultado totalmente justo.
“Na minha opinião, o Palmeiras foi melhor que o Al Ahly. O Palmeiras foi melhor e mereceu a vitória. ‘Ah, mas não fez o jogo (perfeito)’. Mas, quando o Palmeiras tem que propor o jogo, ele tem dificuldades porque não é de fazer tantos gols na criação ofensiva. O Palmeiras não é de fazer tantos gols, mas fez dois quando o Flaco López entrou.”, externou.

