Diniz reflete “abismo” ao comparar Vasco com Palmeiras, Flamengo e Botafogo: “É fácil contratar o Vitor Roque”
Treinador do Cruz-Maltino reforçou que não existem recursos financeiros disponíveis para chegada de reforços caros no mercado da bola
Diniz, em coletiva de imprensa (Matheus Lima/Vasco)
Fernando Diniz, após a eliminação do Vasco na Sul-Americana, não quis repassar falsas ilusões aos torcedores. Ciente da situação complicada nos bastidores, o técnico ressaltou a falta de dinheiro nos cofres, motivo pelo qual nenhum “pacote” emergencial deve chegar ao clube. Neste contexto, os recursos de Palmeiras, Flamengo e Botafogo, capazes de atender exigências financeiras milionárias e contratar atletas badalados, serviram de comparação no discurso.
Ao contrário dos rivais, o Vasco não possui milhões à disposição para gastar em jogadores. Por conta disso, Marino Hinestroza, destaque do Atlético Nacional, logo foi descartado. Abordando os valores, Diniz revelou que pagar cifras entre 8 milhões de euros (R$ 52 milhões) e 12 milhões de euros (R$ 78 milhões) está fora da atual realidade do Cruz-Maltino.
“Quando eu vim pra cá, eu sabia que existia uma escassez de recursos financeiros para contratações. A gente está no mercado, espero que a gente consiga contratar, mas não vai chegar um monte de jogadores. Não temos recursos financeiros. A gente vai arriscar em contratações. É fácil contratar o Vitor Roque, Savarino, Luiz Henrique, Alcaraz… jogadores que você sabe que vão (render).”, disse Diniz.
“A gente tentou contratar o Hinestroza. Quando começou a Libertadores, eu estava mapeando jogadores junto com a equipe de scout e o Hinestroza foi o primeiro nome que veio à cabeça. Tentamos outros extremos que jogam fora do país. Mas os valores são 10 milhões de euros, 12 milhões de euros, 8 milhões de euros… a gente não tem condição.”, acrescentou.
Modelo de contratação do Vasco
Após fechar com Thiago Mendes, a diretoria do Vasco, ao lado de Diniz, segue em busca de boas oportunidades de mercado. Além de jogadores sem contrato, alvos baratos e poucos conhecidos no Brasil, caso de Nuno Moreira, serão mapeados, mas a decisão de realizar apostas reserva um cenário de risco.
“Para a gente contratar, é mais difícil mesmo. A gente vai arriscar e esperar dar certo, assim como o Nuno Moreira. É um jogador que ninguém conhecia e está dando retorno técnico. É muito difícil contratar. A gente espera alguns nomes para encorpar o elenco, mas não é uma coisa fácil.”, prosseguiu Diniz.
Diniz analisa eliminação na Sul-Americana
Depois de sofrer mais um gol do Del Valle, a missão do Vasco ficou praticamente impossível. Reagindo ao desfecho do confronto, Diniz considera que os erros cometidos no primeiro tempo, com chances valiosas sendo desperdiçadas através de Vegetti e Rayan, determinaram a eliminação na Sul-Americana.
“Se repetiu o que aconteceu contra o Grêmio. Tivemos um volume interessante na parte de criação e cedemos poucos contra-ataques. Assim como contra o Grêmio, tivemos chances claras para fazer o gol, eles não tiveram quase chance nenhuma, mas conseguiram fazer o gol. A gente poderia ter encaminhado a classificação no primeiro tempo.”, avaliou.

