CSO do Galo fala sobre futuro do time feminino após acesso (Foto: Divulgação/Atlético-MG)
A equipe feminina do Atlético-MG conseguiu o objetivo da temporada ao conquistar o acesso para o Brasileirão Feminino A1. O retorno à elite da competição foi conquistado nos confrontos com o Vitória, nas quartas de final, com a equipe superando a rival nos pênaltis para ter a vaga.
E isso tudo depois de várias mudanças feitas para conseguir melhorias na equipe, iniciadas com o rebaixamento na última temporada. Elenco e estrutura tiveram investimentos visando cumprir a principal meta para as Vingadoras, que agora desejam ter ainda mais espaço para poder retomar espaço no cenário do futebol feminino nacional e brigar por conquistas.
Atenção total
Isto ainda que muitos torcedores ainda vejam o patamar dos investimentos, diante do que rivais tem feito na categoria, ainda distantes destes. Paulo Bracks, CSO (Chief Sports Officer) do clube, deu entrevista ao GE afirmando que não vê o time feminino do Galo como algo que é ‘obrigação’ do clube (times da Série A masculina tem de ter times femininos desde 2019). E relatou que a equipes seguirá sendo uma das prioridades do clube.
“De jeito nenhum. Já tive experiência com futebol feminino em todos os clubes que passei. Sempre dei a atenção, o carinho e proximidade necessários para poder subir o nível do futebol feminino dentro dos clubes. Aqui no Atlético-MG não será diferente. Desde a minha apresentação aqui, sempre digo que tenho ‘três filhos’: feminino, base e masculino”, declarou Bracks.
“(O time feminino) não vai deixar de ter nossa atenção. Não é obrigação, pelo contrário. Olha o que fizemos na Arena MRV. em Atlético e Vitória. O carinho, a paixão do torcedor. Ver a arquibancada pulsando. Isso não é obrigação, isso é o Atlético”, completou o CSO atleticano.
Investimentos e mudanças
Para que o acesso à Série A acontecesse, o clube investiu praticamente valores semelhantes aos do 2024, quando foi rebaixado, estes estimados em R$ 7,5 milhões. Mas, nesta temporada, o dirigente alega que o investimento foi dirigido a mudar toda a estruturação e formatação do time das Vingadoras diante do que ocorreu no ano anterior.
“O objetivo foi alcançado, era uma obrigação nossa a conquista do acesso. pela nossa camisa, pelo nosso escudo. Era um desafio grande. A queda foi dura e trágica pela forma que aconteceu. O Atlético-MG fez um ponto em 45, o que é longe da tradição e da história do clube. A gente precisava de uma intervenção que ira desde a estrutura até a parte metodológica e técnica”, explicou o dirigente.
Objetivos para 2026
E o que reservará o CSO atleticano para as Vingadoras em 2026? A prioridade é buscar reforços no mercado e aumentar o nível de investimento do time, para ficar perto de equipes que tem conseguido manter estruturas que possam disputar o título do Brasileirão Feminino. A meta inicial é de se colocar entre os primeiros da competição e se firmar antes da Copa do Mundo Feminina de 2027 como potência da competição.
“Já estamos pensando no ano que vem. Está na nossa pauta ter um investimento condizente com o campeonato que vamos disputar, não acontecer o que aconteceu em 2023. Vamos nos preparar para competir em alto nível no ano que vem”, indicou.

