Ricardo Rocha com a camisa do Cruzeiro. (Foto: Divulgação/Cruzeiro EC)
No episódio mais recente do programa De Cara com o Cara, apresentado por Romário, um dos maiores nomes da história do futebol brasileiro, os tetracampeões mundiais de 1994 se reuniram para um bate-papo especial sobre a conquista do tetra e o atual momento da seleção brasileira. Entre os convidados estavam Jorginho, Branco, Dunga e Ricardo Rocha.
Ricardo Rocha fala sobre Neymar e cobra protagonismo
Durante a conversa, Ricardo Rocha foi questionado por Romário sobre o papel de Neymar na seleção atual e sua possível presença na Copa do Mundo de 2026. Direto, o ex-zagueiro cobrou mais protagonismo do camisa 10 e afirmou que a decisão de estar no próximo Mundial depende mais do próprio Neymar do que da comissão técnica da CBF.
“Ele precisa bater no peito e dizer: ‘Eu quero’. Se o Neymar quiser, ele joga. Eu, no lugar dele, chamaria todo mundo, mostraria liderança. Falta alguém que faça isso na seleção atual”, declarou Ricardo Rocha em conversa com os tetracampeões.
Saudade de líderes como Romário
Ao longo do programa, Ricardo Rocha fez um paralelo entre a postura de atletas da geração de 94 com a atual. Ele lembrou uma famosa declaração de Romário antes da Copa de 94, quando o craque assumiu a responsabilidade: “Se o Brasil perder, a culpa é minha”. Para Rocha, esse tipo de personalidade é cada vez mais rara no futebol de hoje.
Apesar de elogiar a qualidade técnica da nova geração, como Vini Jr. e Rodrygo, o tetracampeão destacou a falta de confiança e liderança nos momentos decisivos. “A seleção tem bons nomes, mas falta alguém bater no peito e dizer que vai resolver”, afirmou.
O ex-jogador ainda elogiou a fala recente de Rodrygo, que reconheceu a necessidade de transferir o sucesso nos clubes para a seleção. Segundo Rocha, essa mentalidade precisa ser abraçada por todos: “É preciso mais autoconfiança e menos temor”.
Aos 33 anos e buscando um condicionamento físico melhor após retorno de lesão, Neymar ainda é um nome central no debate sobre o futuro da seleção. Se vai disputar a Copa de 2026, tudo indica que dependerá, principalmente, da sua vontade.

