Conselheiros farão votação para discutir mudança na SAF (Foto: Divulgação/Site Oficial do Atlético-MG)
Os problemas internos do Atlético-MG seguem atormentando o clube e o mais recente deles é uma votação do Conselho Deliberativo do clube que deverá apontar ou não a diluição das ações da SAF pertencentes à ‘associação civil’ atleticana. Algo que tem até mobilizado a torcida, que se posicionou sobre o assunto
Nesta segunda-feira (21), a GDR Alvinegra, uma das organizadas do clube, anunciou que fará um protesto contra a diretoria, especialmente focando nos investidores que detém a maioria das ações da SAF. A manifestação será realizada no mesmo dia da votação do Conselho, no dia 4 de agosto, na frente da sede do Galo, em Lourdes.
Votação é tema do protesto
A intenção do protesto é de tentar convencer os conselheiros a não votar pela diluição das ações da empresa gestora do futebol atleticano que são de posse da associação. Atualmente, 25% da Sociedade Anônima do Futebol está com o Atlético-MG em si, e os 75% nas mãos de investidores, principalmente o grupo chamado de ‘4Rs’, que tem sido responsável pelos aportes financeiros nos últimos anos.
“Chegou a hora de pressionar! Mostrar para os 4Rs que quem carregou e salvou por várias vezes o time foi a Massa! Ou pagam o que devem ou passem (a SAF) para alguém que entenda o tamanho do clube. Galo é coisa séria”, diz a mensagem da GRD no Twitter/X.
A manifestação também cobrará que os acionistas da SAF paguem as dívidas do clube, já que estas seriam responsabilidade dos investidores. E até mesmo que os principais acionistas deixem a gestão do futebol, sendo um dos principais alvos das críticas da torcida pelas recentes crises financeiras do clube, que renderam até atrasos de salários e direitos de imagem para os jogadores.
Entenda a votação
A votação está ligada a um potencial aporte financeiro a ser feito pela família Menin, uma das proprietárias da SAF do Atlético-MG. Estima-se que, no máximo, R$ 500 milhões serão investidos no clube, com a meta principal o pagamento de dívidas do clube, que tem débitos que ultrapassam R$ 1 bilhão e uma parte destes seriam quitados com a entrada deste dinheiro.
Tal aporte já era especulado há algum tempo. O novo investimento deverá implicar no aumento da fatia acionária a qual os Menin (Rubens e Rafael) detém da empresa gestora do futebol do Galo. E isto também passaria pela associação civil perder uma parte das ações, que seriam revertidas em favor dos investidores.
No entanto, nos estatutos da SAF, existe uma ‘cláusula anti-diluição’, na qual a associação não poderá ter sua redução da participação acionária no clube. E esta será alvo da votação dos conselheiros, já que o aporte dos Menin dependerá que a fatia de 25% das ações tenha que ser reduzida. Para isso, o novo contrato prevê que um investimento de, no mínimo, R$ 200 milhões poderia permitir que tal redução da fatia seja conseguida.

