Abel Ferreira durante jogo do Brasileirão (Créditos: Alexandre Schneider/Getty Images)
Ídolo histórico do Palmeiras, Marcos não está contente com a linha de ataque alviverde, mesmo com altas investimentos feitos pelo clube na temporada. Em rápida entrevista à rádio “Energia 97”, ele saiu em defesa do técnico Abel Ferreira, bastante criticado após a eliminação para o Corinthians na Copa do Brasil nest quarta (06), e apontou falta de “poder de fogo” dos atacantes.
No entendimento do “Santo”, o Verdão está pecando nas finalizações, e embora tenha um time consistente do meio-campo para trás, não tem correspondido às expectativas quando o assunto é matar os jogos. Nos últimos cinco compromissos, o ataque palestrino marcou cinco gols. Na temporada, são 73 gols em 47 jogos, uma média de 1,5 tento por partida.
“Eu acho que não (demissão treinador). Eu gosto do trabalho do Abel, mas no meu ponto de vista, o Palmeiras precisa de mais atacantes, a gente está fazendo pouco gol. Desde que o mundo é mundo, o melhor ataque é a melhor defesa. Você viu alguma defesa que o Hugo fez? E nem no jogo de ida. Então, precisa investir e ter mais recurso na frente”, avaliou Marcos.
Palmeiras priorizou linha ofensiva no mercado
Tendo efetuado nove contratações na atual temporada, o Palmeiras concentrou os investimentos justamente nos atacantes, tendo gasto R$ 423 milhões em quatro aquisições para o setor. Vitor Roque, reforço vindo do Barcelona, puxou a fila, custando R$ 154 milhões. O jovem atacante se tornou a contratação mais cara na história do futebol nacional. Além dele, o Verdão desembolsou altas cifras por Paulinho, Ramón Sosa e Facundo Torres.
- Vitor Roque – 25,5 milhões de euros / aproximadamente R$ 154 milhões na época
- Paulinho – 18 milhões de euros / aproximadamente R$ 115 milhões na época
- Ramón Sosa – 12,5 milhões de euros fixos / aproximadamente R$ 80 milhões
- Facundo Torres – 12 milhões de dólares / custo de R$ 74 milhões pela operação total
Marcos vê abalo emocional com expulsão
Ainda na análise do Dérbi decisivo, Marcos foi contundente ao apontar que a expulsão de Aníbal Moreno com 15 minutos de partida comprometeu drasticamente o cenário de reação do Palmeiras, que precisava vencer por dois tentos de diferença para ficar com a classificação na Copa do Brasil sem penalidades. Na visão do ex-goleiro, o time palestrino está devendo futebol, e o baque sofrido pela perda de um homem do meio-campo, minou as pretensões no clássico.
“Nós não estamos jogando bem esse ano, já ia ser difícil tentar empatar e levar para os pênaltis. Aí expulsão com 15 minutos, acho que até a cabeça dos caras muda dentro do campo”, pontuou o ex-jogador.
