Giay, do Palmeiras, disputa a bola com Lucas Mugni, do Ceará, durante a partida entre Palmeiras e Ceará, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2025, no Allianz Parque, em 10 de agosto de 2025, em São Paulo, Brasil. (Foto: Getty Images)
O Palmeiras começou o jogo com controle de bola e presença no campo adversário, 69% de posse, troca de passes e incursões pelas pontas, com Facundo Torres e Ramón Sosa sendo as principais alternativas pela faixa. Ainda assim, o Verdão não conseguiu transformar o domínio em oportunidades claras: foram poucas finalizações e Bruno Ferreira, do Ceará, apareceu bem para segurar o recado.
Do outro lado, o Vozão foi pragmático: compacto, fechado, esperando os contra-ataques e apostando nas bolas paradas. No primeiro tempo, a equipe visitante praticamente não finalizou no gol, o que explicava o placar em branco no intervalo, embora o Palmeiras tenha errado muito na última decisão.
Virada, VAR e o fio da navalha no segundo tempo
A etapa final começou dramática. Aos 7 minutos, Lourenço acertou um belo chute no ângulo e tirou o zero do marcador, puxando o tapete da torcida no Allianz. O golpe, porém, durou pouco. Aos 19, após revisão no VAR, a arbitragem assinalou pênalti por toque de mão de Willian Machado, Manuel López não perdoou e empatou para o Verdão.
A virada veio aos 25, numa jogada construída pela direita: Maurício cruzou rasteiro e Vitor Roque finalizou de primeira, cravando o 2 a 1. O Ceará ainda chegou a balançar as redes com Aylon, mas o gol foi anulado pelo VAR por impedimento. Nos minutos finais, o Palmeiras soube segurar o ímpeto adversário e garantir os três pontos.
Torcida reclama e escolhas de Abel em xeque
Se o placar trouxe alívio, as redes sociais mostraram que a torcida não engoliu a atuação inteira e muito menos a escalação inicial. Em publicação após a partida, o usuário @BrunoEidam respondeu o seguinte: “Abel precisa aprender com os erros. O esquema que começou o jogo não funciona. Facundo não pode ser titular.”
As críticas orbitam sobre a previsibilidade tática, a escolha por Facundo como referência e a necessidade de Abel encontrar soluções ofensivas mais objetivas, sem depender tanto de infiltrações ou chutes de longa distância.
O que vem pela frente?
Com os três pontos, o Palmeiras segue na luta pelo topo da tabela, mas a pressão aumenta e a torcida quer evolução técnica e resultados mais convincentes. Abel terá pouco tempo para ajustar o time e a cobrança já é clara, isto é, transformar domínio em gols mais cedo e parar de depender de reviravoltas no segundo tempo. Querendo ou não, a vitória acalmou, mas não apagou a sensação de que ainda há muito a consertar.
