Pedro Ernesto avalia nova desistência de Marcelo Marques das eleições presidenciais do Grêmio: “Não é do ramo”

A segunda desistência de Marcelo Marques sobre concorrer ao posto de presidente do Grêmio foi avaliada pelo narrador Pedro Ernesto Denardin, da Rádio Gaúcha, em nova coluna publicada no portal GZH. Desta vez, o empresário dono da Marquespan garante se tratar de uma escolha “definitiva”, o que faz o comunicador o rotular como alguém que “não é do ramo”.

“Marcelo Marques desistiu. Não é do ramo. Um homem que ficou milionário com seu trabalho, tocando suas empresas e que entraria num processo de discussões que são intermináveis. Clube de futebol não tem dono. Todos dão palpite e todos se acham dono”, declarou Pedro.

Na avaliação de Pedro Ernesto, há claramente um exagero no número de grupos políticos existentes dentro do clube e que nem sempre o Grêmio é colocado como a grande prioridade. Neste aspecto, ele entende a decisão de Marques.

“O Grêmio tem 20 grupos políticos. Cada um com sua ideia, mas poucos com colaboração efetiva para tirar o clube de uma situação que possa ser complicada. E tem a família. Marcelo preza sua empresa e sua família, dá para elas absoluta prioridade. O Grêmio sentirá muito sua falta, mas ele fez muito boa escolha”, ampliou o narrador.

O que vem por aí no Grêmio?

A tendência é que, para o lugar de Marques, o mesmo grupo político dê apoio ao ex-dirigente e conselheiro Antônio Dutra Jr, que seria o vice de futebol na eventual gestão do dono da Marquespan. Para Denardin, uma “grande luta” virá pela frente no cenário tricolor:

“Agora deveremos ficar preparado para as eleições. Tem eleição para o comando do Conselho Deliberativo, tem eleição para os componentes do conselho e tem a eleição presidencial. Pelo que se conhece de alguns participantes das discussões, não deveremos nos surpreender das possíveis baixarias que poderão acontecer. Será uma grande luta”.

As alegações de Marcelo Marques

Em longo texto publicado em seu Instagram na tarde da última segunda-feira, Marcelo Marques citou questões familiares e profissionais como os principais motivos da sua irreversível desistência do pleito do Grêmio:

“Sou uma pessoa simples, que ama o Grêmio, a família e o trabalho. Depois de refletir profundamente, cheguei à conclusão que existem apenas três motivos que me conduzem nesta decisão e nenhum outro além destes. O primeiro é a exposição pública em torno da minha pessoa, que me transformou involuntariamente em cifras fora de contexto e acabou constrangendo e assustando minha família”, escreveu Marcelo.