Carlo Ancelotti em coletiva após derrota do Brasil. Foto Alamy
A CBF começou a agir para manter Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira por mais tempo. De acordo com informações da ESPN, a entidade já sinalizou ao técnico italiano o desejo de renovar seu contrato até 2030. Atualmente, o vínculo de Ancelotti vai apenas até a Copa do Mundo de 2026.
No entanto, a Confederação não quer deixar a situação indefinida. Por isso, o plano é negociar a extensão do acordo nos próximos meses e chegar ao Mundial com tudo definido. A expectativa é iniciar as conversas oficiais no começo de 2026, garantindo mais estabilidade ao projeto da Seleção.
Renovação deve ser acertada antes do Mundial
Segundo fontes próximas à CBF, a decisão de renovar com Ancelotti foi tomada antes da Data Fifa de outubro. Assim, os últimos resultados não interferiram na escolha da entidade.
A diretoria acredita que Ancelotti trouxe equilíbrio e confiança ao grupo. Após anos marcados por trocas constantes de treinadores e crises internas, a CBF vê no técnico italiano o perfil ideal para um trabalho de longo prazo. Além disso, o plano é não vincular sua permanência ao resultado da Copa de 2026.
Nos bastidores, a intenção é oferecer a ele a chance de comandar um ciclo completo até o Mundial de 2030. A CBF considera que a continuidade do projeto é essencial para o amadurecimento da nova geração de jogadores brasileiros.
Ancelotti conquista apoio dentro da CBF
O trabalho de Carlo Ancelotti tem recebido elogios de dirigentes e jogadores. Sua forma de lidar com o elenco, marcada pelo diálogo e pela calma, tem conquistado apoio interno. Mesmo com duas derrotas, o desempenho geral é considerado positivo, especialmente pela evolução tática.
Segundo pessoas ligadas à Confederação, a renovação é vista como uma forma de consolidar o novo ciclo da Seleção. A CBF quer mostrar estabilidade e planejamento, evitando o desgaste de mudanças repentinas. Assim, a negociação é tratada como prioridade.
Desempenho e comparação com treinadores anteriores
Apesar da derrota recente para o Japão, Ancelotti superou Fernando Diniz nos números iniciais à frente da Seleção. O italiano acumula três vitórias, um empate e duas derrotas, alcançando 55,5% de aproveitamento.
Já Diniz, que treinou o Brasil entre setembro e novembro de 2023, somou duas vitórias, um empate e três derrotas no mesmo número de partidas, com 38,8% de aproveitamento. No entanto, o desempenho de Ancelotti ainda está abaixo do de Dorival Júnior, que conseguiu três vitórias e três empates, com 66,6% de aproveitamento nos seis primeiros compromissos.
Mesmo assim, a CBF avalia que os contextos foram diferentes. Ancelotti usou formações alternativas em várias partidas, testando jogadores e buscando equilíbrio tático. Para a entidade, os resultados fazem parte de um processo natural de ajustes.
Próximos passos e novos testes
A Seleção voltará a se reunir em novembro para dois amistosos na Europa contra equipes africanas ainda não definidas. Esses jogos servirão como nova etapa na preparação para a Copa do Mundo.
Até lá, a CBF espera ter as tratativas com Ancelotti mais avançadas. A meta é chegar ao Mundial com a situação contratual resolvida e o planejamento para 2030 já em andamento.
Com isso, Carlo Ancelotti deve seguir como o principal nome do projeto da Seleção. A Confederação acredita que sua permanência trará estabilidade, confiança e continuidade a um trabalho que visa reconstruir o protagonismo do futebol brasileiro.

