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Corinthians é condenado a pagar R$ 2,5 milhões a ex-jogador da base

Parcelas de indenização serão pagas pelo Alvinegro até 2035

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
Corinthians é condenado a pagar R$ 2,5 milhões a ex-jogador da base

Kauê Souza jogador da base do Corinthians

O Corinthians foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 2,5 milhões ao ex-jogador Kauê Moreira de Souza. A decisão veio da 6ª Vara do Trabalho de São Paulo, sob o comando do juiz Ivo Roberto Santarém Teles.

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O clube deverá pagar R$ 50 mil por danos morais e R$ 12 mil mensais até setembro de 2035. O valor é referente a uma pensão por incapacidade parcial. O pagamento seguirá até Kauê completar 35 anos.

O ex-volante defendeu o Corinthians entre 2019 e 2024. Nesse período, sofreu com várias lesões no joelho direito e teve que passar por diversas cirurgias. Por causa disso, ele processou o clube em março, alegando que as contusões encerraram sua carreira precocemente. Portanto, considerando responsabilidade do Alvinegro no desfecho.

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Justiça reconhece acidente de trabalho

Uma perícia médica confirmou que Kauê teve lesão grave no tendão patelar. O problema deixou sequelas permanentes e limitações de movimento. O laudo apontou dores crônicas, perda de força muscular e incapacidade parcial para atividades esportivas.

O perito concluiu que o jogador perdeu cerca de 15% da mobilidade e não poderia seguir no futebol profissional. O juiz considerou o caso como acidente de trabalho. Assim, reconheceu a responsabilidade do Corinthians pelo encurtamento da carreira do atleta.

Com base nisso, determinou o pagamento mensal da pensão, além de 13º salário e férias proporcionais. O valor deverá ser depositado até o fim do contrato estipulado pela sentença.

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Carreira promissora interrompida por lesões

Kauê chegou ao Corinthians em 2019, vindo de um projeto de base de São Paulo. O volante se destacou pela força física e regularidade. Mas as lesões começaram cedo e se agravaram a cada temporada.

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Entre 2020 e 2023, ele passou por várias cirurgias no mesmo joelho. Mesmo com reabilitação, nunca conseguiu recuperar o desempenho anterior. Em 2024, aos 24 anos, encerrou a carreira profissional.

A defesa do jogador alegou que o clube falhou na recuperação e no acompanhamento médico. Segundo os advogados, o Corinthians não ofereceu tratamento adequado após as cirurgias. Isso teria comprometido de forma definitiva a condição física do atleta.

Caso reacende debate sobre responsabilidade dos clubes

A decisão judicial reacende a discussão sobre o cuidado com jovens atletas. Especialistas lembram que jogadores da base dependem totalmente da estrutura dos clubes para tratar lesões. Quando o suporte falha, o risco de encerramento precoce da carreira é alto.

A Justiça reforçou que o Corinthians tinha obrigação de garantir reabilitação completa ao jogador. O clube é responsável por acidentes ocorridos durante o vínculo profissional.

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O Corinthians preferiu não se pronunciar sobre o caso. A assessoria informou apenas que o departamento jurídico avalia se apresentará recurso. O clube ainda não procurou o jogador para um possível acordo.

Better Collective