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Corinthians é o clube que mais arrecada com televisão no Brasil, afirma CEO da Liga Forte

Fala ocorre em meio a crise entre Flamengo e Grupo Libra

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
Corinthians é o clube que mais arrecada com televisão no Brasil, afirma CEO da Liga Forte

Confronto entre Corinthians e Flamengo. Foto Alamy.

O debate sobre os direitos de transmissão do futebol brasileiro voltou a ganhar destaque após o recente impasse entre os blocos Libra e Liga Forte União (LFU). Em meio à polêmica, o CEO da LFU, Gabriel Lima, afirmou que o Corinthians é o clube que mais arrecada com receitas de televisão no país, superando, pela primeira vez, o Flamengo — tradicional líder nesse tipo de ganho.

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“O Corinthians fez uma opção também por aderir ao nosso bloco e fazer uma venda conjunta dos seus direitos junto com o nosso grupo de clubes, o que transformou o Corinthians no clube que mais vai arrecadar em direitos televisivos no Brasil”, declarou Lima em entrevista à CNN Brasil.

Segundo o executivo, o novo modelo de negociação coletiva proposto pela Liga Forte União vem transformando a lógica de distribuição das receitas, tornando o futebol nacional mais equilibrado financeiramente e atrativo como produto.

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Corinthians supera Flamengo em arrecadação televisiva

A fala do CEO reforça uma mudança significativa no cenário do futebol brasileiro. Historicamente, o Flamengo liderava com folga o ranking de clubes que mais recebiam cotas de TV, reflexo de sua imensa torcida e alto potencial de audiência. No entanto, a adesão do Corinthians à LFU, que foi oficializada em janeiro de 2025, alterou esse panorama.

Com o novo acordo, o Timão deve arrecadar valores 75% superiores aos de 2024, segundo projeções divulgadas pelo clube. Isso coloca o alvinegro paulista como principal beneficiado da nova política de negociação conjunta dos direitos de mídia.

A LFU propõe um sistema inspirado nas principais ligas do mundo, como a Premier League (Inglaterra) e as competições esportivas norte-americanas, como a NBA e a NFL, nas quais há uma distribuição mais equilibrada dos lucros de televisão entre os times participantes.

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Modelo mais igualitário e sustentável

Gabriel Lima destacou que o sucesso das grandes ligas internacionais está diretamente ligado à forma como elas dividem suas receitas. Ele ressaltou que o equilíbrio financeiro entre os clubes é essencial para o crescimento coletivo do futebol brasileiro.

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“São as ligas mais socialistas do mundo, que dividem melhor os seus recursos. Isso não é à toa. É porque isso melhora o produto, aumenta o bolo e dá mais dinheiro para todo mundo”, explicou o executivo.

Lima também lembrou que, em países como a Inglaterra, há um limite de diferença entre o clube que mais recebe e o que menos arrecada, para evitar desequilíbrios extremos.

“Na Premier League, o campeão pode receber no máximo 1,6 vez o valor do primeiro time fora da zona de rebaixamento. O Liverpool sempre vai ganhar mais do que o West Ham, mas a divisão é mais justa. Isso fortalece o campeonato como um todo”, completou.

Essa estrutura é uma das bases da filosofia da Liga Forte União, que busca oferecer maior previsibilidade financeira, atrair investidores e valorizar o produto futebol brasileiro a longo prazo.

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Conflito entre LFU e Libra

A declaração de Gabriel Lima ocorre em meio a um novo capítulo da disputa entre os blocos LFU e Libra. Recentemente, o Flamengo, integrante da Libra, bloqueou os valores que outros clubes do grupo receberiam referentes aos direitos de transmissão. O impasse reacendeu a discussão sobre qual modelo seria mais vantajoso para o futuro do Campeonato Brasileiro.

De um lado, a Libra, formada por clubes como Flamengo, Palmeiras e São Paulo, defende um modelo de divisão baseado na audiência e performance esportiva, premiando as equipes com maior apelo comercial. Do outro, a LFU aposta em um modelo coletivo e equilibrado, em que todos os clubes têm condições de competir em pé de igualdade.

Atualmente, a Liga Forte União reúne 34 clubes, sendo 11 da Série A, 16 da Série B e sete da Série C do Brasileirão. Entre os times da elite que aderiram estão Corinthians, Botafogo, Ceará, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude, Mirassol, Sport e Vasco.

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