Home Futebol Dudu x Leila Pereira: Atacante insinua admiração da dirigente em processo judicial

Dudu x Leila Pereira: Atacante insinua admiração da dirigente em processo judicial

Jogador disse que ataques da Presidente do Palmeiras são por admiração

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
Dudu x Leila Pereira: Atacante insinua admiração da dirigente em processo judicial

Dudu em campo pelo Atlético-MG. Foto: Fernando Moreno/AGIF/Alamy

A disputa judicial entre Dudu e Leila Pereira ganhou um novo capítulo nesta semana. O atacante do Atlético-MG voltou a se manifestar contra a presidente do Palmeiras, apresentando um recurso de 20 páginas no processo que envolve acusações mútuas de danos morais.

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No documento, protocolado no fim da última semana, o jogador insinua que Leila o despreza por admirá-lo. A declaração, feita de forma irônica, foi uma das mais fortes desde o início do embate judicial entre as partes.

“Como se diz em Minas Gerais, quem desdenha, quer comprar. O desprezo ou a crítica a alguém esconde um desejo ou admiração. É uma conduta comum para justificar a própria falta”, afirmou Dudu por meio de seus advogados.

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Jogador acusa dirigente de ataques morais e difamação

Segundo a defesa do atleta, Leila Pereira teria desmerecido o jogador publicamente com o objetivo de conter a pressão da torcida, que pedia sua permanência no Palmeiras. Dudu sustenta que as falas da presidente extrapolaram o limite da crítica e configuram ataques à sua reputação.

A petição afirma que a dirigente “nutria apreço pelo que ele realizou no futebol, mas escolheu atacá-lo para se justificar diante da torcida”. O atacante cita como exemplo uma fala em que Leila o comparou a outro atleta, dizendo que ele “é disciplinado e cumpre seus deveres”, o que, segundo Dudu, sugeriria que ele seria o oposto.

A defesa do jogador também lembrou que Leila afirmou publicamente que o atleta “saiu pela porta dos fundos” do clube, o que teria reforçado o tom de desprezo.

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Justiça rejeitou queixa anterior

Apesar das acusações, a Justiça havia rejeitado uma queixa-crime anterior apresentada por Dudu. O tribunal entendeu que Leila Pereira não ultrapassou os limites da liberdade de expressão. Além de que suas declarações se restringiram a críticas sobre a rescisão contratual.

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Os magistrados também consideraram que a presidente do Palmeiras não usou o termo “misógino” contra o atleta. Além de não ter feito referência a outras mulheres, descartando a alegação de discurso de ódio.

Ainda assim, os advogados do atacante recorreram. Alegaram que o julgamento desrespeitou o devido processo legal e impediu Dudu de demonstrar o dolo, ou seja, a intenção da dirigente de ofender.

Leila nega ofensas e defende liberdade de expressão

Em resposta, Leila Pereira reiterou que suas falas refletiram apenas fatos reais sobre a saída do jogador do Palmeiras, e não ataques pessoais. Segundo a defesa da dirigente, “as declarações dizem respeito a um conflito contratual e não configuram ofensa moral”.

A presidente afirmou ainda que “sem o propósito de ofender, não há crime” e classificou as falas como “meras críticas e inconformismo”.

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Processo continua na Justiça paulista

O caso segue em tramitação na Justiça de São Paulo e será julgado pelo juiz Sérgio Serrano Nunes Filho. As duas partes movem ações simultâneas de indenização por danos morais, cada uma no valor de R$ 500 mil.

Além desse processo, Dudu e Leila também estão envolvidos em outro litígio na 11ª Vara Cível de São Paulo, relacionado ao rompimento contratual entre o jogador e o Palmeiras.

Enquanto o embate jurídico se arrasta, o atacante segue atuando pelo Atlético-MG, e Leila continua à frente do clube alviverde, em um dos capítulos mais conturbados da história recente do futebol brasileiro.

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