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Maracanã pode ir a leilão por causa de dívidas

Estádio está administrado por Flamengo e Fluminense atualmente

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
Maracanã pode ir a leilão por causa de dívidas

A partida entre Fluminense e Ceará está mantida para esta quarta-feira. Foto Alamy

O Estádio do Maracanã pode vir a leilão no futuro próximo. Um dos maiores símbolos do futebol brasileiro está na lista de bens que poderão ser leiloados pelo Governo do Rio de Janeiro. A medida faz parte de um plano de ajuste fiscal, que busca reduzir a dívida do estado com a União.

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A confirmação veio através do presidente da comissão, deputado Rodrigo Amorim, após reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Segundo ele, o objetivo é aliviar o impacto financeiro das despesas públicas e encontrar um modelo de gestão mais sustentável.

Custo de manutenção é alto e preocupa deputados

De acordo com Rodrigo Amorim, manter o Maracanã em funcionamento custa caro. Cada jogo realizado no estádio, segundo o deputado, gera um gasto aproximado de um milhão de reais. Ele afirmou que essa realidade é insustentável para o orçamento estadual e defendeu uma solução definitiva.

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“Não é razoável que o Estado continue bancando valores tão altos para manter o espaço ativo, sem garantir retorno financeiro. Precisamos de um modelo moderno, eficiente e financeiramente equilibrado”, explicou.

O parlamentar destacou que o leilão pode abrir espaço para uma nova concessão à iniciativa privada, permitindo investimentos e melhorias estruturais. Essa mudança, portanto, segundo ele, reduziria custos e ampliaria o uso do complexo esportivo.

Projeto inclui todo o Complexo do Maracanã

A proposta não se limita apenas ao estádio principal. Fazem parte do pacote o Parque Aquático Júlio Delamare e o antigo estádio de atletismo Célio de Barros. Portanto, tudo que inclui o Complexo do Maracanã.

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Hoje, o conjunto está sob administração estadual e representa um custo fixo elevado para os cofres públicos. Desta forma, a venda ou concessão desses locais ajudaria o governo a reduzir gastos e direcionar recursos para outras áreas prioritárias.

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Ao todo, a nova versão da proposta já soma 62 imóveis que poderão ser leiloados. Caso aprovada, a medida permitirá que o Estado utilize o dinheiro arrecadado para abater parte da dívida com o governo federal.

Projeto ainda será votado na Alerj

O texto segue agora para votação no plenário da Alerj. Sendo assim, os deputados poderão sugerir emendas e ajustes antes da aprovação final. Somente após esse processo o governo estará autorizado a realizar os leilões e definir o destino dos imóveis listados.

O debate promete ser intenso. De um lado, há quem defenda a alienação como uma solução responsável e necessária para a crise fiscal. De outro, estão os que consideram que deve ser preservado sob controle público.

Flamengo e Fluminense ainda não se pronunciaram

A gestão do Maracanã é compartilhada entre Flamengo e Fluminense atualmente. Os clubes operam o estádio por meio de uma concessão temporária, responsável pela manutenção e administração do espaço. A parceria tem permitido ao estádio sediar jogos de diferentes competições, além de eventos comerciais.

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A atual concessão poderá ser revista se o projeto avançar. Sendo assim, um novo modelo de administração poderá surgir, talvez com um contrato de longo prazo e maior envolvimento da iniciativa privada.

Better Collective