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Morre Miguel Ángel Russo, técnico do Boca Juniors

Treinador teve complicações de um câncer de próstata

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
Morre Miguel Ángel Russo, técnico do Boca Juniors

Miguel Angel Russo. Foto: Alamy Live News

O futebol argentino está de luto. O técnico do Boca Juniors, Miguel Ángel Russo, faleceu nesta quarta-feira, aos 69 anos, vítima de complicações de um câncer de próstata. O treinador morreu em Buenos Aires. Ele já estava afastado das atividades do clube. O velório será realizado no estádio La Bombonera, casa do Boca Juniors.

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Russo enfrentava a doença há anos. Ele havia superado um câncer de próstata em 2017. Na ocasião ainda dirigia o Millonarios, da Colômbia. No entanto, voltou a apresentar complicações de saúde nos últimos meses. Em setembro, foi internado devido a uma infecção urinária. Desde então, seu quadro se agravou. Mesmo assim, tentou permanecer à frente do Boca até ser afastado oficialmente pela diretoria.

Carreira vitoriosa e legado no Boca Juniors

Miguel Ángel Russo marcou época no Boca Juniors. Era ele quem estava no comando do clube em 2007, quando o time conquistou a sua última Copa Libertadores. Depois disso, ainda retornou em outras duas oportunidades. Na primeira, em 2020, quando conquistou o Campeonato Argentino e a Copa da Liga Profissional. Já a mais recente foi iniciada em maio de 2025.

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O treinador construiu uma carreira sólida e respeitada no futebol sul-americano. Conhecido pela liderança discreta, pelo estilo tático equilibrado e pelo perfil agregador, Russo deixa um legado de trabalho, ética e resultados.

Homenagens e comoção na Argentina

Logo após o anúncio oficial da morte de Miguel Ángel Russo, o Boca Juniors divulgou uma nota oficial lamentando a perda do técnico e exaltando sua importância para o clube:

“O Clube Atlético Boca Juniors comunica com profunda tristeza o falecimento de Miguel Ángel Russo. Miguel deixa uma marca inapagável em nossa instituição e será sempre um exemplo de alegria, cordialidade e esforço. Acompanhamos sua família e seus entes queridos neste momento de dor. Até sempre, querido Miguel.”

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O impacto da notícia atravessou fronteiras. A Associação de Futebol da Argentina (AFA), a Conmebol e diversos clubes do país e do exterior manifestaram pesar nas redes sociais. O River Plate, principal rival do Boca, publicou uma mensagem destacando o respeito à trajetória do treinador.

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A Liga Profissional de Futebol da Argentina anunciou o adiamento do jogo entre Boca Juniors e Barracas Central, em sinal de luto. Previsto para este sábado, o confronto ainda não tem nova data definida.

Seleção argentina presta homenagem

A seleção da Argentina e os jogadores também prestaram homenagem ao treinador. Antes do treino desta quinta-feira, os atletas se reuniram no centro do gramado e fizeram um minuto de silêncio. O grupo está em Miami, em preparação para os amistosos contra Venezuela e Porto Rico,

De jogador a técnico consagrado

Como jogador, Miguel Ángel Russo teve uma carreira toda voltada para o Estudiantes de La Plata. Ele atuou no clube de 1975 a 1988 e conquistou dois campeonatos argentinos (1982 e 1983). Também foi peça importante na seleção, tendo participado das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986. No entanto, uma lesão o tirou da convocação final para o torneio que consagrou a Argentina como bicampeã mundial.

Após encerrar a carreira como volante, migrou para a beirada do campo. O primeiro trabalho como treinador foi em 1989, comandando o Lanús. No clube, ele conquistou a segunda divisão argentina em 1992. Depois, também foi campeão da competição com Estudiantes, em 1995, e com Rosario Central, em 2013. Já naa elite, além do Boca Juniors, levantou o título argentino com o Vélez Sarsfield, em 2005.

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Russo dirigiu ainda outros clubes tradicionais da Argentina, como Racing, Colón, San Lorenzo e Atlético Los Andes. Teve também experiências internacionais por equipes como Universidad de Chile, Millonarios, Alianza Lima, Cerro Porteño, Salamanca, Morelia e Al-Nassr.

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