Palco da final da Libertadores, Lima entra em estado de emergência e gera preocupação
Decisão do torneio continental está marcada para o fim de novembro e pode ter Flamengo e Palmeiras
O torcedor do Palmeiras estava em Lima para assistir a final da Libertadores (crédito: reprodução)
A final da Libertadores volta a ser motivo de preocupação na Conmebol, com o decreto de estado de emergência em Lima, no Peru. O presidente do país, José Jerí, tomou a decisão na tentativa de conter o avanço da criminalidade e responder à pressão popular.
A decisão ocorre em meio a uma série de protestos que tomam as ruas da cidade e durará 30 dias. Já a final da Copa Libertadores será em 29 de novembro, no Estádio Monumental.
Recentemente, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, confirmou a partida decisiva na cidade. Em reunião com os semifinalistas da Libertadores, na semana passada, ele também confirmou que os planos seguiam mantidos.
Conmebol à espera
A entidade ainda não se manifestou oficialmente sobre a nova situação na capital peruana, mas prefere esperar os próximos acontecimentos. Problema semelhante já aconteceu na final da Libertadores de 2019, que seria em Santiago, no Chile, e mudou para Lima também em razão de protestos e tensão política.
O fim do estado de emergência em Lima acabará uma semana antes da decisão da competição sul-americana.
Flamengo e Palmeiras podem fazer a final da Libertadores
As semifinais começam nesta quarta-feira (22), com o confronto entre Flamengo e Racing, no Maracanã. Já na quinta, o Palmeiras joga em Quito contra a LDU.
As duas equipes brasileiras podem reeditar a final da Libertadores de 2021, vencida pelo Verdão por 2 a 1, com gol de Deyverson na prorrogação.
Protestos e tensão nas ruas
As manifestações contra o governo interino de José Jerí se intensificaram após a morte do rapper Trvko durante um ato na última quarta-feira. Os protestos, que já duram mais de um mês, reúnem demandas como o combate à violência, o fechamento do Congresso atual e a convocação de uma assembleia constituinte para definir nova constituição.
Os protestos começaram por causa de uma proposta de reforma no sistema de aposentadoria que obrigava todos os maiores de 18 anos a aderirem a um provedor de pensão. A medida gerou forte reação entre os jovens e acendeu a mobilização popular não apenas para o tema, mas para outras questões, principalmente a falta de segurança no país.
Jerí assumiu o cargo em 10 de outubro, após o impeachment da então presidente Dina Boluarte. Ela foi afastada por “incapacidade moral” e investigada por casos de corrupção.

