Bruno Henrique em campo pelo Flamengo. Foto Jhony Pinho/AGIF/Sipa USA/Alamy)
As postagens provocativas do Flamengo nas redes sociais vêm gerando polêmica dentro e fora do clube. Jogadores, comissão técnica e funcionários demonstraram incômodo com o novo tom adotado pela comunicação rubro-negra. As publicações, que miraram rivais como Estudiantes e Vasco, provocaram reclamações e até pedidos diretos para que a estratégia fosse revista.
De acordo com apuração do UOL Esporte, as provocações geraram um “climão” nos bastidores. Alguns líderes do elenco, como Bruno Henrique, pediram que o clube evitasse esse tipo de comportamento. O atacante considerou o tom infantil e desnecessário, e teria feito o pedido de forma direta no vestiário.
A insatisfação não ficou restrita aos atletas. Integrantes da comissão técnica e funcionários do clube também criticaram as postagens. Segundo eles, as provocações acabam servindo de combustível para os rivais e podem gerar repercussões negativas, recaindo sobre quem trabalha no dia a dia do time.
Diferença entre gestões e mudança de postura
Essa linha de comunicação marca uma ruptura com a postura da antiga gestão. Durante o período de Rodolfo Landim, o Flamengo adotava uma abordagem mais institucional e evitava confrontos públicos. Landim defendia que o clube deveria se comportar com a grandeza de sua história e jamais se igualar aos rivais nas provocações.
Em conversas internas, o ex-presidente costumava usar um exemplo para ilustrar seu ponto de vista: “A Coca-Cola nunca tirou sarro da Pepsi. Ela não responde provocações porque é a maior marca.”
Em 2023, Landim chegou a se irritar com uma publicação do clube que destacava a marca “ABC da Construção” após o ABC-RN eliminar o Vasco da Copa do Brasil. O caso quase gerou consequências internas mais sérias. Na época, os jogadores apoiaram a decisão de manter uma comunicação mais neutra, sentindo-se mais protegidos de ataques externos.
Publicação contra o Estudiantes gerou revolta
A publicação que mais irritou o elenco recente foi a provocação ao Estudiantes, após a classificação do Flamengo na Libertadores. O post ironizava o câmbio argentino ao afirmar que “um real é maior que 247 pesos argentinos”, entre outras comparações.
A provocação teve grande repercussão internacional. O jornal argentino Olé chegou a destacar a postagem, classificando-a como desrespeitosa. Milhares de torcedores argentinos reagiram com revolta e alguns chegaram a ofender o clube e seus jogadores nas redes sociais. Outros, em tom irônico, lembraram que o goleiro Rossi, que é argentino, foi o herói da classificação do Flamengo.
O episódio ampliou o desgaste interno, pois muitos atletas consideraram que o post ultrapassou os limites do bom senso e expôs o clube a críticas desnecessárias.
Nova provocação?
Na chamada para o confronto contra o Botafogo nesta quarta-feira (15/10), o clube usou uma imagem do atacante Souza. O jogador ficou famoso pela comemoração do “chororô” em 2008, no título rubro-negro em cima do rival.
🇧🇷 @brasileirao
— Flamengo (@Flamengo) October 14, 2025
🆚 Botafogo
🏟️ Nilton Santos#PróximaPartida pic.twitter.com/aSJ0H0qUWU

