Home Futebol Campeão do mundo compara seleção do tetra com a atual: ‘Aconteceu também em 1994’

Campeão do mundo compara seleção do tetra com a atual: ‘Aconteceu também em 1994’

Dunga concede entrevista ao jornal ‘As’ e vê semelhanças entre as seleções de Parreira e de Ancelotti

Emerson Silva
Jornalista com trajetória iniciada em 2007 e com passagens por instituições de destaque como o jornal Lance!, Fla TV e o Jockey Club Brasileiro. Apaixonado por contar histórias, acompanho o esporte de perto e valorizo cada detalhe para que a mensagem chegue de forma clara e interessante para quem lê.
Campeão do mundo compara seleção do tetra com a atual: ‘Aconteceu também em 1994’

Dunga concedeu entrevista ao jornal 'As', do México, e afirmou que o vê semelhanças entre as seleções de 94 e a de hoje (Alamy)

A Seleção Brasileira, pela primeira vez na história, foi atrás de um treinador europeu para dirigir os jogadores. Carlo Ancelotti ganhou a missão de guiar o futebol brasileiro mais uma vez ao título da Copa do Mundo, algo que não ocorre há 24 anos. Algo semelhante, no que diz respeito ao jejum, ao que aconteceu com a Seleção de Carlos Alberto Parreira, em 1994.

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E, embora possa parecer algo difícil, o capitão daquela seleção, Dunga, vê ainda mais semelhanças entre os dois times, além da pressão da imprensa e dos torcedores. Em entrevista ao jornal “As”, em sua versão mexicana, o ex-jogador afirmou que, embora não tivesse um treinador nascido no Velho Continente, aquela geração tinha um estilo parecido com a Seleção e esses jogadores atuais.

“Isso aconteceu conosco também em 1994 e tivemos 24 anos sem vencer a Copa do Mundo. Tudo tem que conspirar (a seu favor) para ganhar a Copa do Mundo. Todos devem ter a mesma mentalidade e, acima de tudo, o mesmo objetivo. Muitas vezes você diz que estamos no mesmo barco. Agora, temos que remar para o mesmo lado; o Brasil tem um estilo europeu, mas também em 1994 tinha”, disse Dunga.

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‘Não perdemos a nossa natureza’

No entanto, Dunga deixou claro que, embora muitos jogadores daquela vencedora seleção jogassem fora do Brasil, as características do país seguiam nos atletas. O treinador do Brasil na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, revelou que o jogador precisa, mesmo longe de casa, manter a sua cultura dentro de campo. O ex-jogador do Inter, Vasco, Corinthians, entre outros, ainda apontou os segredos para ir bem em um Mundial.

“Muitos jogadores estavam na Europa, mas não perdemos nossa natureza. Ele é como o mexicano, pode estar 100 anos fora do México e continuar com a mesma paixão, está ligado à sua cultura. Acho que o Brasil tem bons jogadores, mas eles precisam de uma boa atitude e decisões. Na Copa do Mundo você não tem amanhã. É tudo hoje! Você tem que entrar em campo e dizer: ‘Hoje vamos vencer! Não importa o frio ou o calor, vamos vencer!'”, disse.

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Dunga ensina o caminho da taça

A personalidade forte de outros tempos deu lugar à esperança de ver o Brasil conquistar um Mundial depois de tanto tempo. Diferentemente de outros treinadores que criticaram a escolha do italiano Carlo Ancelotti para treinar a Seleção, Dunga preferiu mandar uma espécie de recado aos jogadores. Faltando pouco mais de seis meses para a Copa do Mundo, Dunga disparou:

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“Acho que os jogadores, se jogarem coletivamente e souberem o que fazer, você pode fazê-lo. Somos todos bons e, se você quiser vencer, enfrentará os bons; o Brasil tem que encontrar soluções. Pense em ‘os outros são muito bons ou têm bons jogadores’. Bem, sim! Mas você tem que enfrentar todos eles. Sabemos que vocês enfrentarão os melhores do mundo e seremos nós os únicos a serem batidos.”

Emocionado, então, Dunga relembrou que é um dos poucos que têm o privilégio de levantar a taça de campeão da Copa do Mundo. O capitão do tetra revelou que até hoje é difícil materializar o momento naquele 17 de julho de 1994, em Los Angeles.

“São 20 campeões que levantaram a taça. Eu representei meu país, milhões de pessoas estão assistindo você e você é quem está lá. É um sonho? É verdade que aconteceu? Essa é a magia do futebol”, concluiu o capitão brasileiro.

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