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FIFA pretende mudar regra para atendimento médico e evitar tempo perdido

Proposta ainda está sendo discutida dentro da Federação

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
FIFA pretende mudar regra para atendimento médico e evitar tempo perdido

Bandeira da FIFA. Foto: Claudio Thoma/Keystone via AP)

As grandes competições de futebol têm sido cada vez mais afetadas por interrupções constantes. Em muitos momentos decisivos, a cera mudou o rumo de partidas importantes. Caso a proposta analisada agora pela FIFA já estivesse em vigor, vários Mundiais e confrontos históricos teriam seguido caminhos bem diferentes. A discussão voltou a ganhar força, e a entidade máxima do futebol estuda mais uma mudança para reduzir perdas de tempo.

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FIFA avalia regra para punir a cera

A FIFA analisa uma nova regra para combater as paralisações provocadas por atendimentos médicos demorados, segundo publicação do jornal A Bola. A ideia prevê que qualquer jogador atendido em campo precise deixar o gramado por dois minutos. Só o goleiro ficaria isento. A medida ampliaria o combate a simulações e tentativas de esfriar partidas.

Pierluigi Collina, chefe de arbitragem da FIFA, pressiona há anos por ajustes no controle do tempo. Ele defende ações diretas para reduzir exageros que afetam a dinâmica do jogo. Os debates ganharam novo impulso após sequências de partidas travadas por quedas prolongadas, muitas vezes sem gravidade real.

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Por que a mudança entrou em pauta

O objetivo é claro. A regra busca desencorajar atletas que simulam dores para quebrar o ritmo de jogo. Esse comportamento é comum em times que tentam administrar o placar. Jogadores ficam caídos, pedem atendimento, param o duelo e depois voltam imediatamente, como se nada tivesse ocorrido.

Com a permanência obrigatória fora do campo, a vantagem tática desaparece. O time que fizer cera perderá um jogador por dois minutos. Isso tende a impactar a estratégia e pode até colocar em risco o resultado.

Outras iniciativas contra perdas de tempo

A proposta surge após mudanças recentes que ampliaram o tempo útil de jogo. No Mundial do Catar, a reposição aumentou de forma drástica e levou partidas a ultrapassarem os 100 minutos. Outro ajuste foi a regra dos oito segundos para o goleiro repor a bola, criada para acelerar a retomada da ação.

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Essas medidas respondem a um problema crescente. A troca de passes lentos, quedas prolongadas e discussões excessivas reduziram o tempo real de bola rolando em vários campeonatos. A FIFA tenta reverter esse cenário com intervenções graduais.

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A entidade também já divulgou os potes dos grupos da Copa do Mundo. Sorteio acontece em dezembro.

Impacto no jogo e próximos passos

A entidade quer fomentar um futebol mais dinâmico e penalizar comportamentos que atrasam o espetáculo. A cultura do engano ainda é tolerada em muitos campeonatos, diferente do que ocorre em outras modalidades. A proposta dos dois minutos busca corrigir essa distorção.

A discussão seguirá nas instâncias internas da FIFA. Caso avance, a regra poderá aparecer em testes em ligas selecionadas antes de chegar a competições maiores. A expectativa é que novas conversas definam ajustes e abordem a repercussão entre clubes, árbitros e treinadores.

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