Bruno Henrique em campo pelo Flamengo. Foto Jhony Pinho/AGIF/Sipa USA/Alamy)
O julgamento de Bruno Henrique no STJD foi adiado. O auditor Marco Aurélio Choy pediu vista do processo nesta segunda-feira, o que interrompeu a sessão. A análise deve ser retomada ainda nesta semana. A nova data deve ser confirmada entre quinta e sexta-feira.
O atacante do Flamengo compareceu ao tribunal no Rio de Janeiro. Ele acompanhou os votos iniciais ao lado da defesa e de representantes do clube. Enquanto isso, Bruno Henrique segue liberado para jogar, pois continua com efeito suspensivo.
Relator vota por absolvição no artigo principal
Antes da interrupção, o relator Sergio Furtado Filho apresentou voto favorável ao atacante no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que poderia resultar em até 12 jogos de suspensão. Segundo o relator, as provas não demonstram que Bruno Henrique tenha atuado para influenciar o resultado da partida ou beneficiado terceiros de maneira deliberada.
Para Furtado Filho, embora relatórios tenham indicado movimentações atípicas de apostas ligadas ao caso, não há evidência concreta de que o jogador tenha ajustado um comportamento em campo com finalidade fraudulenta. O voto incluía punição apenas no artigo 191, com multa de R$ 100 mil, sem suspensão.
Nesse momento, a sessão foi interrompida, e os demais auditores aguardam o retorno do processo para manifestar seus votos.
Entenda o caso
Bruno Henrique foi denunciado por supostamente ter forçado um cartão amarelo em partida contra o Santos, no Mané Garrincha, em novembro de 2023, pelo Brasileirão. A investigação identificou apostas feitas por familiares e conhecidos naquela ocasião, o que levantou suspeitas de manipulação.
Em setembro, o STJD já havia condenado o jogador a 12 partidas de suspensão por conduta contrária à ética esportiva. No entanto, o Flamengo recorreu da decisão para tentar reduzir ou reverter a pena. Ao mesmo tempo, a Procuradoria do STJD também recorreu, buscando aumentar a punição. Por isso, quatro possibilidades seguem em avaliação: absolvição, redução, manutenção ou ampliação da suspensão.
Defesa pede absolvição
Durante a sessão, a defesa reforçou que Bruno Henrique não buscou favorecer terceiros. Os advogados afirmaram que o cartão não prejudicou o Flamengo. Além disso, argumentaram que o jogador não incentivou apostas.
A defesa também apresentou mensagens em que Bruno Henrique demonstra irritação com a insistência do irmão sobre o assunto. Para os advogados, isso mostra que ele não participou de qualquer tentativa de manipulação.
Próximos passos
O auditor Marco Aurélio Choy analisará o processo antes de devolver o caso à pauta. Quando o julgamento retornar, os demais auditores irão votar. A conclusão deve sair ainda nesta semana.
Enquanto isso, o Flamengo prepara o time para enfrentar o Sport, no sábado. Bruno Henrique permanece à disposição da comissão técnica.
O caso segue em aberto. E o desfecho pode influenciar diretamente a reta final da temporada do clube e o planejamento do jogador.
