Morre Celso Barros, pré-candidato a presidente do Fluminense e ex-patrocinador
Médico pediatra, ele passou mal no dia em que deveria homologar sua candidatura à eleição
Celso Barros patrocinou o Fluminense entre 1999 e 2014 (foto: Divulgação / Fluminense)
Celso Barros, um dos personagens mais marcantes da história recente do Fluminense, morreu neste sábado, aos 73 anos, vítima de um infarto fulminante. A notícia é um baque para a eleição do clube, marcada para 29 de novembro, já que o médico era um dos pré-candidatos para disputar a presidência no triênio 2026-2028.
O ex-patrocinador do Fluminense, quando era presidente da Unimed-Rio, passou mal no mesmo dia em que as chapas deveriam homologar suas candidaturas. Ele era um dos candidatos de oposição e tentava pela segunda vez uma chance de assumir o comando do clube.
Em nota, o Tricolor lamentou a morte e decretou luto oficial. Além disso, disponibilizou o salão nobre da sua sede, Laranjeiras, para o velório do torcedor ilustre.
“Personagem de grande expressão na história do clube, Celso teve papel preponderante como presidente da patrocinadora do time que levantou títulos de relevância nacional. Apaixonado desde sempre, o médico pediatra viveu intensamente a discussão sobre os destinos do clube. Mantinha-se atuante na política do Fluminense”, postou o clube.
Celso Barros, da medicina ao futebol
Formado em pediatria, construiu carreira sólida no Rio de Janeiro, atuando como diretor do Sindicato dos Médicos, conselheiro do CREMERJ e dirigente da Associação Médica Brasileira.
Mas ganhou notoriedade justamente no futebol, diante das muitas contratações bombásticas e badaladas. Ele também chegou a ser vice presidente geral do Fluminense, entre 2019 e 2022, mas brigou com Mário Bittencourt e virou oposição.
Da Série C ao topo do Brasil
Como presidente da Unimed Rio, entre 1999 e 2014, Celso Barros tornou-se um dos nomes mais influentes do Fluminense. Sob sua gestão, a empresa virou parceira no pior momento do clube, quando estava na Série C, e o ajudou a se reerguer.
Com o passar do anos e da repercussão positiva, o ex-patrocinador apostou cada vez mais em nomes de peso. Mas também gerou crises por só pagar seus contratados, enquanto outros jogadores tinham salários atrasados, como aconteceu em muitos momentos, gerando racha interno.
As contratações de impacto do ex-patrocinador
Celso Barros tornou-se o principal responsável pelas contratações de Romário, Edmundo, Fred, Conca, Thiago Neves e Deco, por exemplo. Todos eles vestiram a camisa tricolor graças ao modelo de altos salários implementado pela Unimed, que mudou o patamar do clube mesmo em crise financeira, na virada do século.
No período, o Tricolor conquistou a Copa do Brasil de 2007, além de dois títulos do Campeonato Brasileiro (2010 e 2012) e os Cariocas de 2002, 2005 e 2012.

