Rogério Ceni saiu em defesa da arbitragem brasileira (Credit: SPP Sport Press Photo. /Alamy Live News)
O técnico Rogério Ceni deu a sua contribuição ao debate sobre as constantes reclamações a respeito da arbitragem brasileira. Nas últimas rodadas, o tema tem dominado as entrevistas pós-jogo em todo o país. Diferentemente de outros treinadores, o comandante do Bahia preferiu não focar nas críticas, mas defender a classe e apontar caminhos para a melhora.
“Temos que deixar de ser tão chatos para permitir que o árbitro apite de maneira mais tranquila. O jogador brasileiro é muito chato, treinadores chatos, goleiros fazem muita cera. Temos que profissionalizar, dar mais condições”, afirmou Ceni.
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Ceni insiste em profissionalizar os árbitros
O treinador, então, deu um longo relato sobre o tema na coletiva de imprensa após a vitória do Bahia sobre o Red Bull Bragantino, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Rogério Ceni acredita que a profissionalização dos árbitros vai resolver grande parte dos problemas. No entanto, o treinador deixou claro que as regras em alguns lances poderiam ser mais práticas e menos interpretativas.
“Devido ao contexto que o futebol chegou, por tudo que se envolve, se pudesse profissionalizar a arbitragem, iria diminuir os erros. O problema é comportamental. Acho que deveriam criar regras mais severas. Tem que criar mecanismos. O Plata (Flamengo) foi expulso, e o cara que provocou ele não teve nada, deveria ter sido expulso junto. Então temos que ter regras mais claras”, disse.
Assim, depois do desabafo, o técnico do Tricolor Baiano apontou o VAR como o principal problema na arbitragem brasileira. Para ele, então, há muitos pontos a evoluir sobre a operação e a execução do sistema.
“O VAR faz m… pra caramba aqui… atrasa o jogo, entra onde não deve, chama o que não precisa, gasta tempo do jogo onde não precisa”, declarou. “Eles têm todos os ângulos, não podem cometer tantos erros. Acho que os árbitros estão sofrendo muito com esse auxílio no ouvido, todo mundo falando no ouvido dele. Ele já começa a se perder um pouco. Se puder dar mais condições para o árbitro, pagar melhor, remunerar melhor, corre menos riscos”, finalizou.

