Seleção Brasileira vence Senegal com mobilidade do ataque e defesa sólida
Brasil passa em teste com formação que Ancelotti deseja utilizar na Copa do Mundo
Jogadores da Seleção Brasileira vão ganhar um uniforme novo (foto: Rafael Ribeiro / CBF)
A Seleção Brasileira segue em franca evolução sob o comando de Carlo Ancelotti e venceu Senegal por 2 a 0, gols de Estêvão e Casemiro. No amistoso disputado neste sábado (15), em Londres, a equipe brasileira enfrentou um forte adversário que não perdia há 26 jogos e foi superior, controlando a maior parte do jogo, teve volume no ataque, além de sofrer poucos sustos.
A pouco mais de sete meses para a Copa do Mundo, o técnico italiano já começa a preparar a equipe ideal que pensa utilizar no torneio. Tanto que mexeu seis vezes, só que quatro foram depois dos 35 minutos do segundo tempo, e sem mudar a estrutura.
Formação do Brasil para a Copa funciona
Carlo Ancelotti já confirmou que pretende manter o atual sistema de jogo da Seleção Brasileira, com dois volantes e quatro atacantes. E o que se viu, especialmente no primeiro tempo, foi essa formação se entrosando cada vez mais.
Em que pese ainda uma certa dificuldade na finalização de jogadas de perigo, especialmente por causa do último passe, o ataque voltou a apresentar constante movimentação. Foi assim na goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul e voltou a se repetir contra Senegal.
Principalmente entre Vini Jr e Rodrygo, mas também com Matheus Cunha, com chegada dentro da área, inclusive com uma bola no travessão. O atacante ainda chutou outra na trave, no início da partida, e o goleiro Mendy precisou intervir em ao menos duas boas defesas, em chutes dos atacantes do Real Madrid.
Casemiro participa dos gols no primeiro tempo
E se o ataque funcionou, os dois volantes tão elogiados pelo italiano voltaram a ser o ponto de equilíbrio e o motor do time. À medida que passaram a aparecer mais, o Brasil dominou e chegou aos dois gols.
O primeiro saiu depois de uma jogada de Casemiro, que foi desarmado e a bola sobrou para Estêvão abrir o placar, aos 27 minutos. O atacante, aliás, ficou mais na direita, ao contrário dos outros atacantes que trocaram mais de posição.
Já o volante do Manchester United voltou a aparecer no ataque em uma jogada de bola parada. E marcou um belo gol, aos 35.
Defesa passa no teste
A solidez defensiva, uma preocupação de Ancelotti, teve um teste de fogo contra o bom time de Senegal. E se saiu relativamente bem.
Como esperado, os laterais Éder Militão e Alex Sandro apoiaram pouco. Inclusive, o zagueiro apareceu até mais no ataque, participando de tabelas. E em muitos momentos, o Brasil tinha claramente a formação com três zagueiros enquanto atacava.
E apesar desses dois jogadores mais defensivos, houve espaços na defesa na parte final do primeiro tempo, quando o adversário conseguiu trocar passes e chegar à área. Na melhor chance, Militão tirou quase em cima da linha, aos 44, e Ederson salvou outra.
Mas o goleiro quase cometeu uma falha individual na saída de bola, no início da segunda etapa. Por sorte, o que aconteceu com Fabrício Bruno contra o Japão não se repetiu: o goleiro por muito pouco não foi desarmado por Nicolas Jackson, mas tocou errado e Ndiaye chutou na trave.
Desperdício de contra-ataques
Durante o segundo tempo, a Seleção Brasileira teve mudanças na escalação, mas o técnico italiano buscou mexer pouco. Primeiro entraram Wesley, no lugar de Gabriel Magalhães, lesionado, e João Pedro, no de Matheus Cunha.
Já depois dos 35, Lucas Paquetá e Luiz Henrique substituíram Rodrygo e Estêvão, respectivamente. E nos acréscimos Vini Jr deu lugar a Fabrício Bruno, assim como Alex Sandro para Caio Henrique.
Além das peças, houve também uma nova postura, de deixar Senegal mais com a bola, mas sem sofrer tanta pressão. Como resultado, o Brasil teve mais espaço e apostou nas saídas em velocidade. O problema é que Rodrygo e Vini Jr, os responsáveis pela transição erraram demais, sem completar os contra-ataques.
Um dos poucos que o time conseguiu concluir, Jakobs cortou a bola que chegaria para Estêvão jogar para o fundo da rede.

