Neymar em jogo o Santos. Foto: Alamy/Jota Erre/AGIF
O Santos chegou ao Rio de Janeiro para enfrentar o Flamengo pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro sem Neymar. O atacante permaneceu em São Paulo para realizar um trabalho de fortalecimento muscular programado pelo departamento médico.
A decisão não pegou o clube de surpresa, pois estava prevista desde o início da semana, quando a comissão técnica avaliou que o jogador ainda não alcançou o nível físico ideal para viagens e treinos intensos seguidos.
Além disso, Neymar ainda se encontra em fase de transição física. Ele voltou aos gramados recentemente após uma lesão na coxa esquerda, região que tem apresentado reincidência frequente nos últimos meses.
O clube considera esse ponto crítico. Cada aumento de carga precisa ser calculado para evitar uma nova parada longa.
Enquanto isso, a delegação chegou ao Rio com clima de responsabilidade. O Santos luta para sair da zona de rebaixamento e sabe que enfrentar o Flamengo no Maracanã exige concentração e ajuste coletivo, independentemente da presença do camisa 10.
Tempo de jogo será decidido apenas no treino da véspera
Neymar é esperado no hotel da delegação neste sábado, quando o Santos realizará o último treino antes da partida. Só após essa atividade a comissão técnica deve definir se ele irá a campo e por quanto tempo.
Dessa forma, o jogador não está descartado. Ele apenas segue monitorado com atenção.
No entanto, a probabilidade é que ele não complete os 90 minutos. O plano inicial do clube é colocá-lo gradualmente em campo, algo próximo de 45 minutos, desde que não haja desconforto muscular.
Por outro lado, caso o jogador apresente boa resposta física no treino, o tempo pode aumentar.
O atacante foi poupado na derrota para o Palmeiras por causa do gramado sintético do Allianz Parque. O clube entende que esse tipo de superfície aumenta o impacto sobre a musculatura e queria evitar o risco de nova lesão logo após seu retorno.
Pressão do momento e necessidade de resultado
O Santos entrou novamente na zona de rebaixamento. Esse cenário aumenta o peso da partida e, consequentemente, a expectativa sobre Neymar. A torcida vê nele a principal referência do time, tanto técnica quanto emocional.
Ainda assim, o clube opta por não acelerar o retorno. A comissão técnica defende que o Santos precisa jogar de maneira mais equilibrada coletivamente e não depender apenas de uma individualidade. Além disso, colocar Neymar em campo sem condições pode custar caro no médio prazo.
O momento exige decisões muito calculadas. Se ele atuar, será por contribuição planejada. Se não atuar, será para preservar sua sequência. A equipe precisa pontuar, mas também precisa dele disponível nos jogos seguintes.
Futuro depende da permanência na Série A
A discussão sobre a permanência de Neymar em 2026 já ocorre internamente. Caso o Santos seja rebaixado, manter o jogador torna-se difícil financeiramente e esportivamente. Portanto, evitar nova lesão agora significa mais do que apenas pensar no próximo jogo.
No primeiro turno, Neymar marcou o gol da vitória sobre o Flamengo na Vila Belmiro. Naquele momento, o clube acreditava que ele entraria em ritmo de sequência. No entanto, as lesões mudaram o curso da temporada.
Agora, o clube tenta equilibrar necessidade imediata e proteção a um ativo técnico relevante. O resultado dessa gestão de tempo e carga pode influenciar tanto no futuro do time quanto no do próprio jogador.

