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Venda da SAF do América-MG acelera e investidores são conhecidos do futebol mineiro

Clube mineiro receberá investimento, mas continuará como sócio majoritário

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
Venda da SAF do América-MG acelera e investidores são conhecidos do futebol mineiro

América-MG em jogo da Série B. Foto: Dan Costa/FotoArena/Alamy Live News

O América-MG deu um passo importante nas conversas para vender a maior parte das ações da SAF. O clube negocia com um grupo liderado por Vinícius Diniz, empresário que trabalhou em projetos recentes no Athletic e no Santa Cruz. As tratativas evoluíram nas últimas semanas e agora entram na fase final de ajustes jurídicos e fiscais.

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Segundo apuração interna, o conselho administrativo já conhece todos os pontos principais do acordo. Apesar disso, ainda faltam detalhes que exigem cautela. A expectativa é positiva. Assim, dirigentes acreditam que a negociação pode ser concluída até o fim do primeiro trimestre de 2026.

O próximo movimento será a apresentação de uma proposta vinculante ao conselho deliberativo. Se aprovada, a operação ainda seguirá para análise do CADE. A lei da SAF obriga que o órgão avalie possíveis riscos concorrenciais. Por isso, o processo ainda pode levar alguns meses até a confirmação total.

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Fontes indicam que os investidores assumirão o controle do futebol, com compra superior a 51% das ações. O valor é mantido em sigilo. Mesmo assim, há entendimento de que o aporte será suficiente para mudar o nível de investimento do clube. O Coelho tenta equilibrar a parte financeira desde a transformação em SAF, aprovada em dezembro de 2021.

Vinícius Diniz entra como gestor e amplia influência no mercado

O grupo é liderado por Vinícius Diniz, nome conhecido no cenário das SAFs. Ele atuou no Athletic-MG e participou do ciclo de acessos da equipe até a Série B. Depois, passou pela gestão do Santa Cruz, onde também lidou com questões de futebol e contratações. Contudo, deixou o projeto por causa do clima político no clube.

Agora, Diniz volta ao mercado com um plano mais amplo. Caso o acordo avance, ele será o responsável pela administração do futebol do América-MG. Ainda assim, ele não será sócio majoritário. Sua função será gerencial, organizando fluxo interno, contratações, processos e decisões esportivas. O modelo copia estruturas de SAFs já consolidadas no país.

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As conversas com o América começaram há cerca de dois meses. Depois disso, aceleraram. A diretoria aprovou boa parte do desenho, embora ainda mantenha postura prudente. Como afirmou Alencar da Silveira, integrante do conselho, o clube recebe consultas frequentes de investidores. Porém, não confirmou oficialmente o grupo atual.

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Clube muda postura após anos de resistência

Nos primeiros anos como SAF, o América desejava permanecer como sócio majoritário. Assim, tentava manter mais de 51% das ações e buscava investidores dispostos a trabalhar com participação minoritária. O modelo, porém, não atraiu interessados. Sem acordo, as negociações não avançaram.

A situação mudou em 2025. Com a estabilidade na Série B e a possibilidade de incluir o CT Lanna Drumond na negociação, o clube passou a adotar uma visão mais aberta. Dirigentes entendem que um investidor controlador pode acelerar o processo de crescimento e gerar receitas mais sólidas.

Além disso, a manutenção na Segunda Divisão valorizou o ativo. O mercado passou a ver o América como clube estruturado, com potencial esportivo e patrimônio atraente. Portanto, a mudança de estratégia facilitou a aproximação com novos grupos.

Processo deve seguir até 2026

A negociação avança, mas depende de cada etapa administrativa. O clube prevê cerca de seis meses até o encerramento total do processo. Ainda assim, existe chance de finalização antes, caso os ajustes legais caminhem sem entraves.

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Assim, o América-MG vive um dos momentos mais decisivos desde a criação da SAF. O clube pode mudar de controle, reformular sua gestão e entrar em uma nova fase. A confirmação depende dos próximos passos, mas sinais internos indicam avanço constante.

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