Osmar Stábile quer reestruturar o Corinthians (Foto: Rodrigo Coca / Ag Corinthians)
O título da Copa do Brasil conquistado pelo Corinthians neste domingo, sobre o Vasco, no Maracanã, não tira os pés do chão do presidente Osmar Stábile. Pelo menos em suas palavras, a ordem é colocar o clube nos trilhos em seu mandato. Nem mesmo a possibilidade de declarar falência no clube o assusta, ao contrário de seu antecessor, Augusto Melo. Sem medo de ficar marcado como o presidente que pediu recuperação judicial, Stábile quer, de uma vez por todas, tirar o clube do fundo do poço financeiro.
“É uma opção (pedir recuperação judicial) que está dentro da lei e pode nos ajudar a cumprir o Fair Play financeiro, ferramenta que veio para profissionalizar o futebol brasileiro. Participei, ajudei, entendo que, a partir de agora, quem não tiver princípios de administração não vai conseguir trabalhar no futebol”, afirmou em entrevista à coluna do PVC, no site UOL.
Sem papas na língua e com muita confiança, principalmente depois do título, que vai injetar mais de R$ 70 milhões nos cofres corintianos, Stábile dispara:
“Vamos fazer a reestruturação do Corinthians doa a quem doer. Vou entregar o Corinthians reestruturado doa a quem doer.”
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Comissão vai fazer relatório financeiro
Conforme a coluna, o Corinthians tem uma comissão de estudos financeiros que deve concluir o trabalho em janeiro. Com o parecer em mãos, o mandatário corintiano pode ou não pedir a Recuperação Judicial. Nesse trabalho, Stábile espera, pelo menos, organizar o confuso organograma dos últimos anos.
“Estamos reavaliando tudo. Cada centro de custo. Fazemos um orçamento robusto, ampla reestruturação financeira, cada profissional trabalhará dentro do que foi contratado. No Corinthians, tudo isso era muito confuso”, disse.
Cortes de gastos mesmo na Libertadores
A ordem no Corinthians é corte de gastos. Embora classificado para a próxima Copa Libertadores da América, o clube quer reduzir custos, principalmente na folha salarial. Na última semana, durante a apresentação do orçamento, a previsão é de corte de R$ 6 milhões por mês nos vencimentos dos jogadores. Ou seja, não haverá contratações acima da média.
Neste momento, o clube está sob punição da Fifa, o famigerado transfer ban. O dinheiro de premiação desta temporada será empregado para tirar o Corinthians da lista de punidos. A dívida com o Santos Laguna, do México, pela contratação de Félix Torres é o entrave para a resolução do problema.
Outra meta do Timão é pagar algumas dívidas com os jogadores, inclusive Memphis Depay, autor do gol do título, e colocar o caixa em dia. Estima-se que o holandês tenha cerca de R$ 20 milhões a receber do clube paulista. Há ainda a premiação pela conquista da vaga na decisão da Copa do Brasil e, portanto, neste momento, os valores referentes à conquista.
