Home Futebol Hearts perto de acabar com hegemonia de 40 anos na Escócia e superar Rangers e Celtic

Hearts perto de acabar com hegemonia de 40 anos na Escócia e superar Rangers e Celtic

Clube de empresário inglês termina 2025 na liderança do Campeonato

Por Douglas Nunes em 23/12/2025 16:13 - Atualizado há 4 horas

Hearts lidera na Escócia. Foto: WM Sport Media/ Alamy Live News

O futebol escocês vive um cenário raro ao fim de 2025. Pela primeira vez em quatro décadas, Celtic e Rangers observam um rival fora de Glasgow ocupar a liderança do campeonato. O Hearts, tradicional clube de Edimburgo, aparece à frente dos gigantes após vencer o Rangers por 2 a 1 no último fim de semana.

A confiança no elenco não passa despercebida. Após o triunfo, o técnico Derek McInnes foi direto ao analisar o momento vivido pelo time. “Eu esperava que ganhássemos hoje. Estamos construindo algo muito bom aqui. Não estou surpreso com o nosso desempenho”, afirmou o treinador.

A declaração resume a mudança de patamar do Hearts, que até a temporada 2020/21 disputava a segunda divisão. Agora, o clube surge como candidato real ao título nacional.

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Liderança inesperada muda o cenário da liga

A vitória sobre o Rangers consolidou o Hearts no topo da tabela. Com 41 pontos em 18 jogos, a equipe abriu vantagem sobre adversários historicamente dominantes. O Celtic soma 35 pontos, enquanto o Rangers aparece com apenas 28, ambos com partidas a menos.

O contraste é ainda maior quando se observa o histórico do torneio. Celtic e Rangers venceram 110 das 128 edições do Campeonato Escocês. O último campeão fora da dupla foi o Aberdeen, em 1984/85, comandado por Alex Ferguson.

Diante desse contexto, a atual classificação representa uma ruptura simbólica no futebol do país.

Crise simultânea atinge os gigantes de Glasgow

O desempenho irregular dos rivais abriu espaço para o crescimento do Hearts. Pela primeira vez, Celtic e Rangers demitiram seus treinadores na mesma temporada. O Rangers viveu o pior início de campeonato em 47 anos, com apenas três vitórias nos dez primeiros jogos.

Na Liga Europa, o clube acumulou cinco derrotas e um empate, o que resultou na saída de Russel Martin. O Celtic também atravessou turbulências. Atual tetracampeão, o clube chegou a quatro derrotas seguidas, algo que não ocorria desde 1978.

Após a saída de Brendan Rodgers, a diretoria apostou em Wilfried Nancy. O técnico francês perdeu os quatro primeiros jogos e segue pressionado, apesar da recente vitória sobre o Aberdeen.

Investimento muda o patamar do Hearts

Enquanto os gigantes enfrentam instabilidade, o Hearts colhe frutos de um novo projeto. Em julho, o clube recebeu um aporte de cerca de 9,8 milhões de libras do empresário Tony Bloom, dono do Brighton, da Premier League. Bloom adquiriu 29% das ações e prometeu “quebrar o padrão de domínio do futebol escocês”.

O investimento não transformou o Hearts em uma potência financeira imediata. A estratégia priorizou organização, análise de desempenho e contratações pontuais. O sistema de dados utilizado no Brighton passou a orientar decisões esportivas em Edimburgo.

A chegada de Derek McInnes ao comando técnico também foi determinante. Sob sua liderança, o time soma 16 vitórias, seis empates e apenas uma derrota na temporada.

Reforços pontuais e efeito imediato

A principal contratação em valores foi o brasileiro Eduardo Ageu, ex-Cruzeiro, comprado por 2 milhões de euros. Ao todo, o Hearts trouxe 11 reforços, focando em equilíbrio tático e competitividade.

A diretoria fez questão de afastar a ideia de um modelo multiclubes. O Hearts não será satélite do Brighton nem do Union Saint-Gilloise, outro clube ligado a Bloom. Ainda assim, a influência do empresário se reflete na estrutura e na ambição esportiva.

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