Tite durante entrevista coletiva na seleção (Lucas Figueiredo - Divulgação - CBF)
O Internacional precisou recalcular a rota no mercado de treinadores após a definição de Tite como novo técnico do Cruzeiro. Com o gaúcho prestes a assinar contrato em Belo Horizonte, a diretoria colorada passou a concentrar esforços em alternativas já mapeadas internamente para a próxima temporada.
A busca ocorre em um cenário de urgência. O clube ainda estrutura o Departamento de Futebol e trabalha contra o tempo para definir a comissão técnica. Até o momento, Abel Braga é o único nome confirmado na gestão, atuando como diretor técnico.
Pressa por definição no Beira-Rio
A direção do Internacional estabeleceu prazo curto para anunciar o novo treinador. A intenção é concluir o processo até esta quarta-feira. O objetivo é evitar atrasos no planejamento e iniciar o ano com decisões consolidadas.
A sinalização foi feita pelo presidente Alessandro Barcellos durante reunião do Conselho Deliberativo. O entendimento interno é de que o calendário exige respostas rápidas e pouco espaço para improvisos em 2026.
Domínguez surge como alternativa no radar
Um dos nomes analisados é o do argentino Eduardo Domínguez. Atual técnico do Estudiantes, ele chega valorizado após a conquista do título nacional diante do Racing, decidida nos pênaltis. O contrato com o clube de La Plata termina no fim de dezembro.
Apesar do troféu recente, a temporada teve oscilações. Mesmo assim, o desempenho nos momentos decisivos pesou positivamente nas avaliações feitas no Beira-Rio. A imprensa argentina aponta interesse do Inter, embora não exista confirmação oficial.
Antes de qualquer definição, Domínguez ainda tem compromissos importantes. Neste sábado, o Estudiantes enfrenta o Platense na final do Troféu dos Campeões. O desfecho pode influenciar conversas sobre renovação.
Juan Sebastián Verón, presidente do Estudiantes, deseja manter o treinador. Internamente, o cenário é tratado como indefinido. Para o Internacional, isso representa um fator de risco, já que o prazo curto dificulta negociações prolongadas.
Pezzolano ganha força por estar livre no mercado
Enquanto Domínguez depende de contexto externo, Paulo Pezzolano aparece como alternativa mais viável no curto prazo. O uruguaio está sem clube desde outubro, quando deixou o Watford. A condição facilita tratativas e acelera um possível anúncio.
Internamente, o nome agrada por encaixar em critérios já definidos. A diretoria busca um técnico disposto a um projeto de médio prazo, com foco em organização coletiva e gestão de elenco enxuto.
Pezzolano é visto como um treinador capaz de extrair rendimento mesmo com recursos limitados. Essa característica pesa em um momento de ajustes financeiros e necessidade de equilíbrio entre competitividade e orçamento.
A experiência no Cruzeiro fortalece essa leitura. Em 2022, ele assumiu a equipe em cenário adverso, com pressão externa intensa e elenco curto. Ainda assim, construiu uma identidade clara e conduziu o clube ao acesso à Série A.
Histórico recente conta a favor do uruguaio
Além da passagem pela Raposa, Pezzolano teve experiências na Europa. Trabalhou no Valladolid e, mais recentemente, no Watford. Mesmo com contextos distintos, manteve o perfil de jogo estruturado e foco no coletivo.
Esse histórico agrada ao Inter, que busca estabilidade após um período de transições. A avaliação interna aponta que o uruguaio teria capacidade de adaptação ao futebol brasileiro e às exigências do clube.

