Filipe Luis no comando do Flamengo. Foto: AP Photo/Hussein Sayed
O Flamengo não levantou a taça da Copa Intercontinental, mas deixou o Catar com reconhecimento internacional. A derrota nos pênaltis para o PSG não impediu que a atuação rubro-negra recebesse elogios de alguns dos principais jornais esportivos da Espanha, que destacaram o desempenho coletivo e, sobretudo, o trabalho de Filipe Luís à frente da equipe.
A final disputada no estádio Ahmad bin Ali colocou frente a frente os campeões da Libertadores e da Champions League. Dentro de campo, o Flamengo conseguiu equilibrar forças, levou o jogo ao limite e forçou a decisão nas penalidades, cenário pouco esperado diante do poderio do elenco francês.
Marca vê PSG pressionado e destaca comando rubro-negro
O jornal Marca, de Madri, foi direto ao analisar a partida. Para a publicação, o Flamengo conseguiu impor dificuldades reais ao PSG, algo raro na temporada europeia. O diário espanhol apontou Filipe Luís como peça central na estratégia que colocou o time francês sob pressão durante boa parte do confronto.
“Filipe Luís colocou o PSG nas cordas”, escreveu o jornal, ao destacar que o goleiro Safonov precisou assumir papel decisivo ao defender quatro cobranças de pênaltis. A atuação do reserva parisiense foi tratada como determinante para evitar o título brasileiro.
As projeta futuro europeu para Filipe Luís
Outro veículo espanhol que repercutiu fortemente a final foi o As. O jornal foi além da análise do jogo e projetou um futuro europeu para o treinador do Flamengo. A publicação chamou atenção do Atlético de Madrid, clube onde Filipe Luís construiu parte relevante da carreira como jogador.
“O Flamengo levou o jogo para os pênaltis e viu seu técnico ser elevado para sempre. Atenção, torcida do Atlético: há um treinador sério ali”, destacou o diário. A leitura sugere que o trabalho apresentado no Intercontinental reforçou a imagem de Filipe Luís como um técnico preparado para desafios maiores.
Catalunha também reconhece competitividade do Flamengo
Na Catalunha, o Sport seguiu a mesma linha de elogios. O jornal ressaltou que, apesar da superioridade técnica do PSG em alguns momentos, o Flamengo conseguiu complicar o confronto e estender a decisão até os pênaltis.
“O campeão da Europa se impôs ao campeão da Libertadores, mas o Mengão de Filipe Luís complicou as coisas e levou para a prorrogação e para os pênaltis”, publicou o veículo. Para o Sport, o desfecho refletiu mais a eficiência francesa do que uma superioridade clara ao longo da partida.
Safonov vira personagem improvável da decisão
Se o Flamengo saiu valorizado, o PSG encontrou seu herói em uma escolha inesperada. O goleiro Safonov, reserva durante a temporada, foi escalado na decisão e terminou como o nome do jogo. Ele defendeu as cobranças de Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo, definindo o título francês.
A presença de Safonov na final surpreendeu até parte da imprensa europeia, já que o titular Chavelier ficou no banco. A atuação decisiva consolidou o russo como destaque absoluto da partida e mudou o roteiro da decisão.
Vice que reforça imagem internacional
Esta foi a segunda vez que o Flamengo ficou com o vice-campeonato mundial. Em 2019, a equipe havia perdido a decisão para o Liverpool. Ainda assim, o desempenho contra o PSG reforçou a imagem do clube no cenário internacional, sobretudo pelo contexto de enfrentamento direto com um dos elencos mais caros do futebol europeu.
Além do reconhecimento esportivo, o Flamengo também deixa o Catar com retorno financeiro relevante. O vice-campeonato rendeu um prêmio de US$ 4 milhões, enquanto o PSG recebeu US$ 5 milhões pelo título.
O elenco rubro-negro agora entra em período de férias após uma temporada intensa. A reapresentação está prevista para janeiro, quando o clube inicia a preparação para o Campeonato Carioca. Enquanto isso, o eco da atuação no Intercontinental segue reverberando fora do Brasil, com elogios que ultrapassam o resultado final.

