O Palmeiras fecha 2025 com a sensação incômoda de uma temporada sem títulos, cenário raro na gestão de Abel Ferreira. A derrota para o Flamengo na final da Libertadores e a perda do Brasileirão aumentaram a cobrança interna e abriram espaço para mudanças no elenco. A diretoria entende que é necessário agir rápido para 2026 e já trabalha em um pacote de até cinco reforços.
O último compromisso do ano, contra o Ceará, encerra apenas o calendário. Nos bastidores, o clube já virou a chave.
Diretoria define prioridades e mapeia até cinco nomes
De acordo com diferentes setores do clube, a busca por reforços segue alinhada: o objetivo é preencher lacunas específicas e recolocar o time em um patamar competitivo logo no início da próxima temporada. A diretoria não vê necessidade de uma grande reformulação, mas sim de contratações que possam gerar impacto imediato.
A ideia é trazer até cinco peças, com prioridades bem estabelecidas:
• Um zagueiro para assumir protagonismo na defesa
• Um primeiro volante
• Três reforços para o ataque, setor visto como prioridade máxima
Vitão vira alvo e defesa passa por mapeamento interno
O nome mais forte para a defesa é Vitão, do Internacional, considerado pela diretoria como o reforço mais urgente. A oscilação de Murilo e Micael em 2025 reforçou a necessidade de uma peça mais sólida para o setor.
Abel Ferreira entende que o sistema defensivo precisa de uma liderança técnica, especialmente nos jogos decisivos, e vê Vitão como alguém capaz de elevar o nível competitivo da equipe.
Meio-campo passa por ajustes
No meio-campo, o rendimento irregular de Aníbal Moreno, somado à pouca utilização de Emiliano Martínez, gerou discussões internas. A diretoria reconhece que investiu pesado em volantes que não entregaram o retorno esperado e considera indispensável renovar a posição com jogadores mais dinâmicos. Os movimentos são discretos, mas mapeados desde o início do segundo semestre.
Ataque pode concentrar três reforços
O setor ofensivo é o ponto de maior preocupação para 2026. A queda de rendimento de peças importantes e a falta de alternativas ao longo do ano colocaram o ataque no centro do planejamento. Leila Pereira pretende priorizar nomes de peso, capazes de decidir jogos e devolver profundidade e velocidade ao time.
A ideia é trazer jogadores que mudem o nível competitivo do Palmeiras imediatamente.
Saídas vão determinar ritmo das negociações
Embora o clube tenha metas claras, parte dos movimentos depende da liberação de espaço na folha salarial. Há possibilidade de negociações envolvendo atletas que perderam protagonismo ao longo de 2025.
Abel Ferreira já indicou que aceita negociar o lateral-direito Giay e o zagueiro Micael sem grandes obstáculos. A saída de jogadores pode destravar novas tratativas e acelerar o mercado.
Base deve ajudar a financiar reforços
O COF aprovou de forma unânime o orçamento para 2026, e os números preveem uma arrecadação de aproximadamente R$ 384 milhões com negociações de jogadores. A maior parte desse valor deve vir da venda de jovens formados no clube.
Entre os nomes mais cotados para transferência estão Riquelme Fillipi, Allan e Benedetti. Este último ganhou valorização com o desempenho consistente em 2025 e pode se tornar uma das maiores vendas da próxima janela.
A diretoria vê na base uma fonte decisiva para equilibrar finanças e permitir um mercado mais agressivo.

