AbeL Ferreira lamentou os momentos diferentes das duas equipes (Photo: Maxi Franzoi/AGIF)
O Palmeiras definiu que não fará uma reformulação ampla para a temporada de 2026. A ideia da diretoria é manter a base do elenco e investir em contratações específicas, capazes de suprir lacunas pontuais e oferecer maior equilíbrio ao grupo comandado por Abel Ferreira.
O foco está em jogadores com mais rodagem no futebol profissional. Internamente, o entendimento é que o elenco atual apresenta qualidade técnica e intensidade, mas carece de maior experiência em momentos decisivos, especialmente em jogos de mata-mata e competições internacionais.
A estratégia busca evitar apostas de alto risco e reduzir a necessidade de adaptação, priorizando atletas prontos para competir desde o início da temporada. O time também projeta algumas vendas.
Perfil buscado prioriza vivência e liderança
Nas discussões internas, o Palmeiras avalia jogadores com características semelhantes às de Andreas Pereira e Lucas Evangelista. São nomes que acumulam experiência no futebol nacional e internacional, com passagens por ligas competitivas e histórico em grandes jogos.
O clube não vê como essencial o potencial de revenda nesses casos. A prioridade é contar com atletas capazes de assumir protagonismo em campo, orientar jogadores mais jovens e sustentar o rendimento coletivo em períodos de maior pressão.
A avaliação é que esse tipo de reforço pode ser decisivo para elevar o nível competitivo sem comprometer a identidade construída nos últimos anos.
Elenco jovem segue como base do projeto
O planejamento leva em conta o atual perfil do grupo alviverde. Dados do CIES Football Observatory apontam que o Palmeiras possui a segunda menor média de idade da Série A, com 26,8 anos. Apenas o Red Bull Bragantino aparece com elenco mais jovem.
Em comparação, o Flamengo, rival direto em disputas recentes por títulos, tem média de idade significativamente maior, próxima dos 29 anos. A diferença ajuda a explicar escolhas distintas na montagem dos elencos.
Mesmo assim, o Palmeiras não pretende abandonar o modelo atual. A juventude segue vista como um ativo esportivo importante, tanto pelo desempenho físico quanto pela possibilidade de manutenção de um ciclo competitivo prolongado.
Experiência entra como complemento, não ruptura
A diretoria entende que o desafio está em encontrar equilíbrio. A presença de jogadores mais experientes é vista como complemento, não como substituição da base jovem que sustenta o time.
Internamente, há a leitura de que atletas mais rodados podem ajudar a estabilizar o rendimento em fases decisivas da temporada, oferecendo leitura de jogo, controle emocional e capacidade de decisão em momentos críticos.
Esse equilíbrio é tratado como um passo natural na evolução do elenco, sem mudanças bruscas no perfil que marcou os últimos anos do clube.
Setores prioritários já entram em debate
Embora ainda não existam negociações avançadas, o Palmeiras já discute posições que podem receber reforços. A possibilidade de saídas de Micael e Aníbal Moreno colocou defesa e meio-campo no centro das análises.
Para a zaga, a diretoria não restringe a busca a um defensor canhoto, mesmo que essa característica seja valorizada no elenco atual. O foco está mais no perfil técnico e na capacidade de adaptação ao modelo de jogo.
No meio-campo, a prioridade recai sobre um volante de origem. A ideia é dividir responsabilidades defensivas e de construção com Emiliano Martínez, ampliando as opções táticas da comissão técnica.
Ataque também pode entrar no radar
O setor ofensivo não está descartado do planejamento. A contratação de um atacante dependerá do cenário da próxima janela e de possíveis movimentações no elenco atual.
A avaliação é feita com cautela, considerando o número de opções disponíveis e a necessidade de manter competitividade em um calendário exigente. Qualquer avanço nessa posição deve seguir o mesmo critério de experiência e encaixe imediato.

