Ponderado no mercado, diretor do Santos vê contratação de Gabigol bem distante

O Santos não vai contratar grandes jogadores com altos salários, pelo menos por hora. É o que garante o diretor de futebol do Peixe, Alexandre Mattos. Em entrevista ao GE, o dirigente fez questão de mandar um recado à torcida e dizer que o clube não será agressivo no mercado de transferências. Conforme as palavras do dirigente, as contratações serão as que cabem no bolso do Santos.

“O Santos tem que estar equilibrado. E o que é o equilíbrio? Fazer o que pode ser feito. Se o Santos der um passo maior que a perna… não é arriscar, às vezes você tem que arriscar no futebol, mas dar um passo para tentar resolver todos os problemas que o Santos tem de uma vez por todas, porque eu preciso fazer isso em seis meses, o Santos vai criar mais problemas, vai ser uma bola de neve. Então, muita calma, muita calma”, disse.

Nesse contexto, o sonho de ter o atacante Gabigol ficou distante. Com os vencimentos de cerca de R$ 3 milhões por mês no Cruzeiro, a chegada desse jogador, segundo Mattos, será inviável. Embora o dirigente ainda tenha deixado aberta uma brecha para a chegada do jogador: o amor à camisa santista.

“Para vir para cá, precisa caber no bolso. Nós não vamos sonhar com coisas que a gente não pode ter. Estou falando especialmente dele. Estou deixando claro, de maneira didática, que não é simples contratar esse tipo de jogador. Tem que ter um contexto, ter um negócio, ter um clube querendo, o jogador querer ir”, analisou.

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Mattos rasga elogios a Neymar

Questionado sobre a renovação de Neymar, Alexandre Mattos revelou que o assunto não está nas mãos dele, mas do presidente Marcelo Teixeira. Por isso, fez questão de rasgar elogios ao jogador e dizer que o astro está no Peixe por vontade própria. Mattos voltou a dizer que o entrave para a renovação não é financeiro e que tem confiança no desfecho feliz em breve.

“Vou pedir sensibilidade, porque é óbvio que é um assunto do tamanho que tem e é resolvido pelo presidente. Obviamente, conversamos muito. Quero dizer que ele está no Santos porque quer, e ele quer porque está feliz de estar no Santos. O financeiro nunca foi o entrave ou uma necessidade de mudanças”, declarou.

“O projeto esportivo do Neymar, quando vem para o Santos, ele sabe que está se reconstruindo, vindo de uma Série B, e seria difícil brigar para ser campeão brasileiro, embora a gente tenha trabalhado para isso. Neymar está aqui porque quer, vejo ele muito feliz. A presença do Neymar é impactante, em todos os sentidos”, disse.

“É um cara que só contribui e, às vezes, é massacrado, não por aquilo que ele produz em campo, mas por situações que não dizem respeito a ninguém. Mas ele é homem. A tendência é de que ele fique, e tomara que fique, porque acho que ele está começando a se adaptar também ao futebol brasileiro, depois de muitos anos fora”, completou.