Casemiro tem contrato com o Manchester United até junho de 2026 (Foto: Sportimage Ltd/Alamy Live News)
São Paulo definiu um acordo para encerrar a dívida trabalhista com Casemiro, revelado em Cotia e hoje no Manchester United. A confirmação veio após a divulgação inicial feita pelo UOL e posteriormente confirmada pelo Lance. O processo tramitava desde 2014 e já contava com homologação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.
A ação original pedia cerca de dois milhões de reais. Metade correspondia à dívida e a outra metade aos juros acumulados. Após anos de avanços lentos, o clube decidiu resolver a questão e firmar o pagamento de aproximadamente 1,7 milhão de reais ao volante.
A pendência atravessou várias gestões e se tornou uma das cobranças mais antigas entre jogadores formados pelo clube. A decisão de acordo foi considerada necessária para aliviar riscos jurídicos futuros.
Processo envolve pendências antigas de FGTS e direitos de imagem
O caso trata de valores relacionados a FGTS, direitos de imagem, décimo terceiro, férias e direitos de arena. Essas pendências se acumularam no período em que Casemiro ainda atuava pelo clube. Mesmo após sua transferência, a cobrança seguiu aberta e ganhou novos capítulos ao longo dos anos.
O São Paulo pagará o valor combinado em parcelas mensais de 97,5 mil reais. O compromisso segue até dezembro de 2026. O acordo também prevê multa de cinquenta por cento em caso de atraso. A diretoria aceitou essa condição para encerrar definitivamente o processo.
A escolha pelo parcelamento foi vista como solução mais sustentável diante do atual cenário financeiro do clube. O departamento jurídico avaliou que o risco de prolongar a disputa poderia gerar impactos maiores no futuro.
Casemiro voltou ao tribunal em julho e acelerou o desfecho
O volante acionou o clube novamente em julho deste ano. Ele apresentou novos documentos e detalhou pendências que ainda não tinham sido esclarecidas. O movimento aumentou a pressão pela conclusão do caso.
O São Paulo recebeu prazo para manifestação e intensificou as conversas. As partes ajustaram detalhes ao longo de semanas até chegarem ao formato final do acordo. A postura de Casemiro foi firme nas cobranças, mas sempre respeitosa devido à relação histórica com o clube.
A reabertura do processo acelerou a negociação. O entendimento interno no Morumbi era de que o caso não poderia avançar por mais uma temporada.
Dívida crescente exige reorganização no Morumbi
A definição do acordo acontece em meio a um cenário delicado das finanças tricolores. O São Paulo encerrou 2024 com dívida total de 968,2 milhões de reais. O déficit chegou a 287,6 milhões. O valor representa aumento de mais de 300 milhões em relação ao ano anterior.
A diretoria tenta reorganizar compromissos e reduzir passivos. O balanço atualizado, com números referentes a 2025, será divulgado no início do ano que vem. A gestão também monitora outras ações judiciais que envolvem jogadores revelados no clube.
O acordo com Casemiro ajuda a evitar novos bloqueios judiciais e dá previsibilidade ao fluxo financeiro. A quitação parcelada permite ao clube planejar ajustes mais amplos no orçamento.
Encerramento de um processo que atravessou diferentes eras
Casemiro mantém boa relação com profissionais que o acompanharam nas categorias de base. Ainda assim, buscou o cumprimento integral das obrigações que considerava pendentes. O clube reconheceu a necessidade de resolver a cobrança sem novos adiamentos.
O encerramento do processo representa mais um passo na tentativa da gestão atual de organizar o passivo trabalhista. A expectativa é que o clube consiga limitar o surgimento de novas dívidas desse tipo.
Com o acordo formalizado, o São Paulo vira a página de uma pendência longa e sensível. O cumprimento das parcelas será acompanhado de perto para evitar novos entraves e reforçar um planejamento financeiro mais estável.
