Home Futebol Baiano diz que viveu dificuldades no Boca por conta de racismo sofrido por Grafite: “Meus companheiros não me apoiavam”

Baiano diz que viveu dificuldades no Boca por conta de racismo sofrido por Grafite: “Meus companheiros não me apoiavam”

Mesmo não tendo participado diretamente, o brasileiro sentiu os efeitos do caso em sua passagem pelo Boca Juniors

Bruno Romão
Bruno Romão atua como redator do Torcedores.com na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Em entrevista à “Rádio Mundo Boca”, Baiano recordou sua passagem pelo clube argentino. Em 2005, ele atuou poucas partidas e depois pediu para sair. Dessa forma, o ex-lateral revelou que conviveu com uma situação incômoda durante o período. Isso porque houve um certo tipo de repreensão por conta do episódio de racismo sofrido por Grafite, cometido por Desábato, em jogo da Libertadores.

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“Foi um mês muito difícil para mim, eles estavam me procurando de todos os lados para falar sobre esse assunto. Da Argentina e do Brasil pediram para falar sobre isso… Em uma sala de imprensa, um dia, houve jornalistas de todo o mundo. Quando entrei nos jogos, as pessoas pensavam que a pessoa que entrava era Grafite, essa situação me incomodava, e tive que colocar dinheiro para deixar o clube. Os diretores não queriam que eu fosse embora, mas eu estava muito nervoso, por isso pedi para sair”, declarou.

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Diante disso, Baiano se viu sem o apoio dos seus companheiros. Além disso, os adversários usaram o caso como provocação nos jogos.

“Os rivais usaram essa situação para tirar minha concentração do jogo, meus companheiros de equipe na época não me apoiavam e eu não era muito forte para aguentar aquele momento. Os rivais me disseram coisas muito feias por causa de uma situação que não era minha”, completou.

Mesmo assim, o brasileiro contou que guardou boas recordações da sua passagem pelo Boca Juniors.

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“Joguei no Morumbi, no Bernabéu, no Camp Nou, mas nenhum estádio se compara ao La Bombonera, é único. Para qualquer jogador brasileiro, eu recomendaria vir ao Boca, que não hesitasse. Hoje me arrependo de ter saído, não ter suportado esse mês com mais força”, contou.

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